Férias são sinônimo de diversão e descanso, mas também podem ser um prato cheio para as famosas ciladas de verão. No Litoral do estado, algumas situações têm ajudado a construir junto aos veranistas uma relação de amor e ódio com as praias paranaenses. Por isso, toda atenção é pouco. E para evitar dor de cabeça desnecessária, fique de olho nestas dicas:
Tombar banho em horários de pico
Apesar de oo sistema de abastecimento da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) funcionar com 100% da capacidade, problemas, como o registrado no ano-novo, quando muitos veranistas ficaram sem água, podem ocorrer e sacrificar o momento do banho. É que a demanda, normalmente e]m torno de 100 mil pessoas para Matinhos, Guaratuba e Pontal do Paraná, cresce cerca de dez vezes na temporada. O ideal é evitar os horários de pico, por volta das 18 horas, quando muitos banhistas retornam da areia.
Ir para a praia de carro
Se você, por exemplo, está hospedado perto do Pico de Matinhos e quer aproveitar a calmaria das águas da Praia Mansa, do outro lado de Caiobá, o ideal é ir a pé, pegar uma carona ou rachar um táxi entre amigos. A chance de ficar longos minutos rodando na região em busca de uma vaga de estacionamento na rua é grande. Se não quiser perder tempo, terá de abrir a carteira e pagar em torno de R$ 40 a diária em estacionamentos particulares. Se a grana estiver curta, o jeito será deixar o carro mais longe ainda da orla.
Deixar o caiaque ou stand up paddle para o fim da tarde
O dia amanheceu ensolarado, o veranista sai de casa para pegar uma praia cedo, mas decide aproveitar atividades na água, como caiaque e stand up paddle, só no final da tarde. O que ele não contava é que, neste começo de ano, a maioria das chuvas pesadas registradas no litoral vem acontecendo depois das 16 horas. Os temporais levam o Corpo de Bombeiros, inclusive, a interditar momentaneamente a praia. Por isso,nas praias do estado, o lema é: em se tratando de clima, não deixe para depois o que se pode fazer agora.
Sacar dinheiro fora do continente
Quem resolve fazer a travessia de Pontal do Paraná para a Ilha do Mel sem dinheiro em espécie pode ter prejuízo ao chegar ao destino. A ilha, convém lembrar, não tem caixa eletrônico.Caso o veranista opte por “sacar” dinheiro em estabelecimentos locais, que aceitam passar o valor no cartão de crédito, terá de pagar até 10% a mais de juros. Sacou R$ 100, passa no cartão R$ 110, e assim por diante. Também há a possibilidade, no caso de feriados e finais de semana, dos valores para “saque” nesta modalidade serem limitados por pessoa. Mesmo com cartão, é melhor não arriscar e sair de Pontal com a carteira abastecida de notinhas.
Esquecer lanterna e repelente
Ainda quando o assunto é desbravar os recantos da Ilha do Mel, o passeio pode ficar um tanto desconfortável se o viajante se esquecer de colocar na bagagem lanterna e repelente. O primeiro item é indispensável para andar à noite pelas trilhas rústicas que levam pousadas e campings a lanchonetes e restaurantes – a ilha não tem iluminação pública. Já os mosquitos e borrachudos fazem parte do ecossistema local e podem incomodar bastante se os visitantes abrirem mão de produtos para afastar insetos.
Praticar boia cross com chuva
A regra para quem se aventura a descer o Rio Nhundiaquara de boia, em Morretes, é sair da água imediatamente em caso de chuva. Do contrário, o praticante da atividade pode ser surpreendido por uma tromba d’água. A tendência é o nível do rio subir e o aventureiro correr o risco de ficar ilhado, à mercê da correnteza.
Alugar casa por foto
Decidir o aluguel de uma casa de praia com base apenas nas fotos pode ser uma furada dependendo das condições reais do imóvel. O ideal é, além de procurar sites e imobiliárias confiáveis, pesquisar sobre a região onde se pretende ficar. Vale tudo: ler avaliações de outros clientes, pedir contato de hóspedes anteriores e procurar no Street View do Google para ver o que há no entorno, como mercados e farmácias, e a distância até a orla.
Fazer mercado no domingo
Se o dia da semana for domingo, acrescente uma dose de paciência à receita do almoço. O volume de pessoas nos supermercados em cidades praianas nesta data costuma ser bem maior do que o visto durante a semana. A explicação é que mais veranistas descem para o litoral a partir da sexta-feira, o que influencia diretamente no fluxo de atendimento destes estabelecimentos.