Os olhos dos curitibanos se voltaram ao céu neste fim de semana. A capital paranaense sediou o 7º Festival Aéreo, promovido no Aeroporto do Bacacheri pelo Aeroclube do Paraná. No momento mais esperado do evento, os aviões da Esquadrilha da Fumaça decolaram e, por meia hora, executaram uma série de acrobacias, "desenhando" figuras nos ares.

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Com entrada franca, o festival foi realizado de sexta-feira (26) a este domingo (28). Quem foi ao aeroporto pôde conferir uma exposição de aeronaves, com modelos históricos. Dentre eles, o Paulistinha (usado desde a década de 50 e considerado um dos melhores aviões para treinamento) e o PT-19 (utilizado pela Força Aérea Brasileira entre 1942 e 1960).

Na programação, também houve apresentações de acrobacias com modelos diferentes de aeronaves a shows de paraquedismo. Segundo o administrador do aeroclube, Jeferson Gama da Silva, momento de maior frisson foi a esperada apresentação da Esquadrilha da Fumaça, que ocorreu por volta das 15h30 deste domingo.

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"O que mais emociona o público é o ‘coração’, uma manobra em que os aviões executam um looping, formando um coração no céu", disse. A administração do aeroclube estima que 70 mil pessoas tenham prestigiado o evento no sábado e 70 mil, no domingo.

Evento complicou o trânsito no entorno do aeroporto

O trânsito ficou complicado nas imediações do Aeroporto do Bacacheri, por conta dos milhares de pessoas que foram ao 7º Festival Aéreo. Muitas carros estavam estacionados em fila dupla e várias pessoas procuraram formas alternativas de assistir o show: dentro dos carros, parados na rua e até em cima de telhados.

A advogada e consultora de treinamento Lourdes Seraphico tentou chegar ao aeroporto, mas não conseguiu. "Estava tudo parado, e só tinha alguém da Setran [Secretaria Municipal de Trânsito] na entrada do evento," reclamou.

Ela conta que demorou 50 minutos para ir da Avenida Erasto Gaertner, próximo à esquina com a Rua dos Funcionários, no Cabral, até o Aeroclube de Curitiba. Quando chegou, por volta das 16 horas, a apresentação da Esquadrilha da Fumaça já havia terminado. A advogada, então, resolveu retornar, mas novamente enfrentou congestionamento. Ela afirma que só conseguiu chegar em casa após as 17h15.

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"Era possível desligar o carro. Tinha gente que saía para conversar com outros motoristas até. Acho que foi uma falta de previsão mesmo. Pela quantidade de gente que tinha lá deveria ter mais carros da Setran. Era pior que saída de jogo de futebol", avaliou.

Outro lado

A Setran informou que o grande fluxo de veículos se devia a três fatores: o evento no Aeroclube, as eleições municipais e o movimento do Parque Bacacheri. Segundo a Secretaria, o transito fluía na tarde deste domingo, e não estava parado. Na avaliação dos operadores da Setran, o movimento se assemelhava a um dia de semana. De acordo com a Secretaria, cinco agentes de trânsito trabalharam no local do evento e nas ruas da região, e que foram feitos bloqueios de rua quando necessários.