Pátio da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos de Curitiba: de janeiro para fevereiro, número de ocorrências cresceu 21%| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Cuidados

Alarmes e travas inibem os ladrões

O fator oportunidade é determinante na ocorrência de furtos e roubos de veículos. Por isso o delegado Marco Antonio de Góes Alves, da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos de Curitiba, orienta os proprietários a equipar os carros com quantos dispositivos de segurança forem possíveis. "Quanto menor for a oportunidade do bandido, menor a probabilidade do delito ser cometido", resume.

Entre os exemplos estão os vários tipos de alarmes e travas, dispositivos conhecidos como corta-corrente (que interrompem a corrente elétrica), além de recursos mais caros, como monitoramentos por satélite.

A escolha do local onde o motorista vai estacionar o carro também é fundamental. O melhor é parar em estacionamentos credenciados ou ruas sob vigilância. "Antes de sair, o ideal é que o condutor veja se não há nada de suspeito na rua. Quando estiver chegando em casa, se possível não estacionar direto e avaliar toda a movimentação", diz Góes.

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Os proprietários de veículos motorizados em Curitiba devem redobrar os cuidados com a segurança no mês de fevereiro. Um levantamento feito pela Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV) da capital mostra que fevereiro é o mês em que há mais registros de furtos e roubos na cidade. Para a polícia, o aumento está relacionado ao período de férias e a uma mudança no perfil dos ladrões de carros.Neste ano, o número de veículos roubados cresceu 21% de janeiro para fevereiro na capital. Nos primeiros 15 dias de fevereiro Curitiba teve uma média de 24 veículos subtraídos por dia, entre roubados (levados mediante ameaça) e furtados (levados sem a presença do dono). Em janeiro, o índice foi de 19 por dia. Na segunda-feira passada o recorde foi batido: 38 veículos foram levados (24 furtados e 14 roubados). Em contrapartida, a polícia diz que o total de carros recuperados também aumenta em fevereiro. Nas duas primeiras semanas de janeiro, 84 carros foram recuperados, contra 107 no mesmo período de fevereiro.

Os índices permanecem semelhantes aos registrados em 2010. Em janeiro do ano passado, a média foi de 20,7 unidades roubadas por dia, contra 24,5 em fevereiro. Segundo o delegado Marco Antonio de Góes Alves, entre os principais motivos para o aumento está o fato de fevereiro ser um mês de férias. "A criminalidade tende a aumentar nesse período e no que diz respeito a furtos e roubos de veículos não é diferente. Fevereiro é um mês crítico", avalia.

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Segundo o Sindicato das Seguradoras do Paraná, o fenômeno também ocorre entre os 22% da frota circulante coberta por seguro no estado. "Os furtos e principalmente os roubos começam a aumentar a partir do fim de novembro e atingem seu ápice em fevereiro", diz o presidente do sindicato, Ramiro Fernandes Dias. "As pessoas estão mais relaxadas nesta época e acabam descuidando da segurança."

Segundo a polícia, o aumento também se deve a um novo perfil das pessoas que cometem esses delitos: o tráfico e o consumo de drogas estão relacionados com o crescimento. "Hoje, não existe só a figura do ‘ladrão profissional’, que se especializa em roubar e furtar carros", diz o delegado Marco Alves. "Muitos usuários acabam cometendo crimes e depois abandonam os veículos, levando apenas algum equipamento, um aparelho de som."

Bairros

O levantamento da DFRV indica que os bairros da Região Sul têm mais ocorrências. Os principais alvos dos bandidos são Água Verde, Boqueirão e Cidade Industrial de Curitiba (CIC). Para o delegado, o volume de carros com demanda no "mercado" ilegal e o fácil acesso a pontos de fuga ajudam a aumentar os índices nessas regiões. "Esses bairros têm saída direta para vias que levam a rotas usadas por quadrilhas especializadas", afirma. "Os bandidos costumam deixar o veículo ‘esfriando’ em uma rua de pouco movimento. Dias depois, voltam para buscar." Entre os principais destinos estão o estado de Santa Catarina, o Paraguai e municípios da região metropolitana.