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São Paulo – Em entrevista à Rádio CBN, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) defendeu ontem a política de privatizações promovida por seu governo e admitiu que não é contrário à venda da Petrobrás e do Banco do Brasil.

Mais tarde, em nota enviada aos jornais, FH afirmou que cometeu um "cacoete" e que uma transcrição imprecisa "deram origem a um mal-entendido sobre minha posição quanto ao controle da Petrobrás e do Banco do Brasil". Na nota, ele volta atrás nas afirmações dadas pela manhã e afirma que sua posição "clara" é que "estas empresas devem ser públicas".

Na entrevista concedida à rádio CBN, o ex-presidente disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à reeleição, tornou-se um "político banal", comparando-o ao ex-governador de São Paulo Paulo Maluf (PP), que responde a diversos processos por desvio de dinheiro público e foi eleito o deputado federal mais votado em São Paulo, com 739 mil votos.

"Demagogia"

FH aproveitou para acusar os petistas de fazerem uso político das estatais e disse que Lula utiliza de "demagogia" ao criticar as privatizações durante a campanha. "Como presidente da República, (Lula) deveria ter a responsabilidade moral de não dizer uma inverdade desta. É acirrar uma visão equivocada e marcar o preconceito", disse.

Fernando Henrique argumentou que no passado defendeu o petista quando se dizia que alguém sem curso superior não deveria governar o país. "Eu fui o primeiro a dizer: isso não é verdade. Era o mesmo preconceito que se jogava contra ele e agora ele faz o contrário jogando contra os tucanos." E alfinetou: "Ele (Lula) virou um político comum".

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