Ficou mais caro morrer em Curitiba

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Os preços de todas as taxas de sepultamento foram reajustados em pelo menos 17,7% em Curitiba na semana passada. Sepultamentos, traslados, concessões de terrenos e aluguel de capelas - válidos para cemitérios municipais - tiveram preços redefinidos pela prefeitura .

Os sepultamentos, por exemplo, passaram de R$ 36,84 para R$ 43,36. A concessão de terreno por m² nos cemitérios São Francisco de Paula e Água Verde foi reajustada para R$ 137,98 – o valor anterior era de R$ 117,20. Nos cemitérios municipais Santa Cândida e Boqueirão o reajuste foi de R$ 52,46 para R$ 61,76. Já os aluguéis das capelas São Francisco de Paula e Água Verde agora custam R$ 210,25. O valor anterior era de R$ 178,60. As capelas do Boqueirão e Santa Cândida cobram R$ 131,41, aumento de 17,7% em relação ao anterior, de R$ 111,62.

Também tiveram reajustes os valores a serem pagos aos pedreiros. Aberturas e fechamentos de gaveta para sepultamento e translado custam R$ 82,79. Para mausoléu em lote simples (R$ 102,50) e lote duplo (R$ 140,65) os valores também foram readequados.

Ao todo, 33 itens tiveram aumento de preço. Eles englobam ainda a construção de andaime para capelas, construção de gaveta de emergência sobre outra já existente, abertura e fechamento de ossário, e remoção/recolocação de calçada até o meio fio.

A prefeitura informou por meio de nota que a tabela de preços dos cemitérios municipais deve ser reajustada anualmente. “Em 2015, não houve correção nos valores, o que foi feito agora, a partir do parecer técnico 226/2016 , em que foi aplicado o índice IPCA/IBGE de 17,72%”.

Doador de órgãos não pagará funeral a partir de 2017

O prefeito Gustavo Fruet (PDT) sancionou um projeto aprovado na Câmara Municipal que dispensa o doador de órgãos do pagamento das taxas funerárias. A isenção passará a valer a partir de 2017 e servirá para funerais realizados em Curitiba, de pessoas naturais ou residentes na cidade na data do óbito. Para usufruir desse benefício, o parente ou responsável que for tratar do funeral ainda deverá apresentar comprovação da doação e da imediata comunicação do óbito a instituição médica habilitada a realizar o transplante.

A lei estabelece que ficam isentos de cobrança um caixão modelo número 8, remoção e transporte do corpo, velório e sepultamento. Segundo o Artigo 5º da lei, os hospitais e postos de saúde da rede pública municipal e o Serviço Funerário Municipal também deverão fixar nas entradas ou nas áreas de atendimento ao público, em local de fácil visualização, uma placa informativa com a seguinte inscrição: dispenda das despesas funerárias de Curitiba.

A proposta é de autoria do vereador Cristiano Santos (PV). “Dados da Central Estadual de Transplantes (CET/PR) mostram que Curitiba, em 2014, teve 261 notificações de possíveis doadores, dos quais 102 se reverteram em doação, o equivalente a 39%. Elas geraram 764 tecidos e órgãos. Em 2015, de janeiro a setembro foram 212 notificações, com 83 doações”, alertou o vereador à época da votação em plenário da matéria.