São Paulo Dizendo-se perplexo com as denúncias de corrupção envolvendo os três Poderes da República, o Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitiu ontem uma nota conclamando os cristãos a se engajarem na vida política. "O exercício da cidadania é um imperativo ético para todos", diz o texto.
Apesar de não citar nenhum caso específico da política atual, a nota foi aprovada um dia depois da derrota sofrida pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que não conseguiu arquivar o processo movido contra ele no Conselho de Ética.
No texto, os bispos do Conselho Permanente da CNBB criticaram a "estimulada ganância" de alguns políticos e os "corporativismos históricos que utilizam as estruturas de poder para benefício próprio e de grupos". A mensagem dos religiosos relaciona o crescente descrédito da população na ação política e nas instituições com o enfraquecimento da democracia.
"O povo brasileiro precisa recuperar a esperança. A credibilidade e a legitimidade de nossas instituições serão asseguradas pela apuração da verdade dos fatos, pela restituição dos bens públicos apropriados ilicitamente e pela punição dos delituosos", informa a nota sobre o momento político nacional.
O texto do Conselho Permanente, composto por 39 membros, é assinado pelo presidente da CNBB e arcebispo de Mariana, dom Geraldo Lyrio Rocha, pelo vice-presidente e arcebispo de Manaus, dom Luiz Soares Vieira, e pelo bispo auxiliar e secretário-geral da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa.
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