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Está nas mãos do PT o futuro do processo contra Renan Calheiros (PMDB-AL) no Conselho de Ética. Até a noite de ontem o partido não tinha definido como se portar na reunião de hoje. Sibá Machado (AC) ainda ameaçava renunciar à presidência do conselho. O destempero do presidente do conselho suscitou diferentes interpretações entre os colegas. Houve quem visse um vôo solo do senador, que se sente muito pressionado, e outro grupo interpretou que o jogo de cena viria bem a calhar ao propósito protelatório do presidente do Senado. Sem que os cargos de comando do conselho estejam preenchidos, a representação poderia ser devolvida à Mesa Diretora da Casa.

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Eu acho – Em privado, Lula defende a tese, lançada por José Sarney (PMDB-AP), de que o caso Renan deveria migrar do Conselho de Ética do Senado para o Supremo.

Eu quero – Requerimento de Wellington Salgado (PMDB-MG) pedirá a anulação de todas as medidas do Conselho que não digam respeito à questão inicial do PSol: saber se o dinheiro que chegava à ex-namorada de Renan vinha ou não da Construtora Mendes Júnior. "Se não votarem, vou ao STF para sanear esse processo."

Cabresto – No PT, há quem defenda a substituição de Eduardo Suplicy (SP) no Conselho de Ética caso o senador não se alinhe com a deliberação de voto do partido. Hesitante até poucos dias atrás, Augusto Botelho (RR) agora é dado como enquadrado.

À bala – Coube aos deputados Onyx Lorenzoni (RS) e Alberto Fraga (DF) a defesa mais enfática da necessidade de o DEM propor o afastamento de Renan. A dupla militou na frente antidesarmamento, que no referendo derrotou a turma pró, capitaneada pelo presidente do Senado.

Timoneiro – No calor de um palanque no Distrito Federal, em 2006, o tucano Geraldo Alckmin comparou Joaquim Roriz – ora convocado a explicar a partilha de nebulosos R$ 2,2 mi – a Mário Covas, além de chamar o peemedebista de "grande comandante".

Para menos – Alguns técnicos da área da saúde acham que José Temporão exagerou ao estimar, na sabatina da Folha, um aborto induzido para cada três crianças nascidas no Brasil. Embora elogiem o trabalho do ministro, eles avaliam, com base no número de curetagens e de partos realizados pelo SUS, que uma relação de um para cada seis esteja mais próxima da realidade.

Para mais – O ministro da Saúde lembra que a ilegalidade resulta em ampla subnotificação dos abortos – com o que concordam os técnicos. A estimativa de Temporão foi retirada de pesquisa relativa a 2005 feita pelo Instituto de Medicina Social da Uerj.

Quem dá mais – Na esteira da iniciativa do Ministério da Saúde de vender anticoncepcionais com desconto de 90% nas farmácias populares, o governo de São Paulo passará a distribuir o medicamento gratuitamente, a partir do dia 10 de julho, nas farmácias Dose Certa, que funcionam em estações de metrô e trem e em terminais de ônibus.

Dissidentes 1 – O deputado Paulo Abi-Ackel e seus colegas de Minas tomaram a frente da defesa do voto em lista mista em reunião ontem da bancada tucana da Câmara com o presidente do partido, Tasso Jereissati. Não conseguiram, porém, mudar a posição oficial de apoio ao sistema do voto distrital misto.

Dissidentes 2 – Pelos cálculos dos tucanos ontem, cerca de um quarto da bancada do partido, de 57 deputados, deve apoiar o projeto de lista mista. São nesses rebeldes que PT e DEM se apóiam para tentar emplacar a proposta hoje no plenário da Câmara.

TIROTEIO

* Do deputado federal Sílvio Costa (PMN-PE) sobre a proposta de um sistema em que metade dos deputados seriam escolhidos por votos na lista do partido e a outra metade por voto nominal.

– A lista mista não acabará com o dinheiro privado nas campanhas. Vai, isso sim, ser uma parceria público-privada. A PPP eleitoral seria uma vergonha.

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