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Ensino Superior

Fies chega a 1,5 milhão de contratos

Camila Nichetti, estudante de Jornalismo da Unibrasil, optou pelo Fies, principalmente, pelos juros mais baixos | Antônio More/ Gazeta do Povo
Camila Nichetti, estudante de Jornalismo da Unibrasil, optou pelo Fies, principalmente, pelos juros mais baixos (Foto: Antônio More/ Gazeta do Povo)

O número de contratos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), criado em 1999, vem crescendo em ritmo acelerado nos últimos quatro anos. Desde 2010, quando o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) assumiu a função de agente operador do sistema, são 1,5 milhão de novos contratos firmados por alunos que precisam do financiamento para cursar o ensino superior em todo o país. No Paraná, 83,6 mil contratos estão em andamento.

Entre 2010 e 2013, o número de novos contratos aumentou 7,3 vezes no Brasil, passando de 76,1 mil para 559,8 mil. Em 2014, até abril, foram assinados mais 366,6 mil contratos de financiamento. No Paraná, o crescimento nesse período foi um pouco menor, de 4,3 vezes. Em 2010, eram 5,8 mil contratos e no ano passado foram 25,6 mil. Em 2014, foram aceitos 22,7 mil pedidos de financiamento.

Esse momento de "boom" nos contratos de financiamento também coincidiu com a publicação de uma resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN), que em março de 2010 fixou a taxa de juros do programa em 3,4% ao ano. Na época, isso representou uma queda de três pontos porcentuais na taxa de juros, o que tornou o benefício ainda mais interessante para os estudantes (leia mais nesta página). Além disso, as facilidades de contratação, como poder fazer a solicitação do benefício em qualquer período do ano, também foram determinantes para o crescimento na procura pelo Fies.

Universidades particulares com sede em Curitiba que foram consultadas pela reportagem também registram esse crescimento no interesse pelo Fies. O financiamento ainda é o benefício mais procurado pelos estudantes, seguido do ProUni e, por fim, dos programas próprios de financiamento das universidades, que muitas vezes podem ser economicamente mais vantajosos, mas exigem uma capacidade financeira maior do aluno enquanto cursa a faculdade.

"A procura pelo Fies tem aumentado ao longo dos anos, sendo que de 2013 para 2014 houve um crescimento na adesão de 32%, especialmente, pela facilidade de acesso e incentivo do governo federal com a redução da taxa de juros", diz o diretor administrativo financeiro e de infraestrutura da UniBrasil, Eraldo Luiz Silvestrin. Na instituição, 76% dos alunos com algum tipo de auxílio financeiro para cursar a graduação estão incluídos no Fies.

Essa adesão ao Fies também se repete na PUCPR, onde 78% dos alunos com financiamento estudantil procuram pelo programa. A coordenadora de bolsas e financiamentos da instituição, Daniele Ribaski, explica que as universidades que aderem ao Fies podem fazê-lo com ou sem limitação orçamentária. No caso da PUCPR, a adesão é com limitação orçamentária, o que significa que há um limite para os financiamentos.

De acordo com a FNDE, ainda não há muita informação sobre inadimplência, já que a maioria dos contratos ainda não está na fase de amortização.

Instituições apostam também em financiamento próprio

Quem não se encaixa no ProUni ou não consegue o Fies pode recorrer aos financiamentos próprios das universidades. Na UniBrasil, os alunos podem aderir ao Estude, que financia de 25% a 50% da semestralidade de todos os cursos da instituição.

Para entrar no programa, o candidato não pode ter participado nem ter sido excluído dos programas de financiamentos patrocinados pelo governo federal. Além disso, existe um limite de vagas no programa, destinado apenas aos calouros.

Já na PUCPR, o crédito educacional é um tipo de fundo solidário, em que um egresso que se beneficiou do programa ajuda a custear a formação de um novo aluno. Podem ser financiados entre 25% e 50% do valor da mensalidade. Para participar, é preciso ter rendimento mínimo de duas vezes o valor da mensalidade, pelo menos um imóvel cadastrado e fiador.

Positivo

Na Universidade Positivo, 250 alunos têm acesso ao benefício por ano. Durante o curso, eles pagam metade do valor da mensalidade. O restante é quitado após a conclusão do curso e o número de parcelas é igual ao de mensalidades financiadas.

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