Apartamentos da Cohab no bairro Santa Cândida que foram entregues no início de julho deste ano| Foto: Rafael Silva/Cohab/Divulgação

O número de pessoas que aguardam um imóvel na lista de espera da Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab) caiu 7,5% desde dezembro de 2012. Atualmente estão inscritos no cadastro 71,9 mil famílias, enquanto em 2012 a fila tinha 77,7 mil candidatos. O cadastro é formado por pessoas que se candidatam a uma casa do programa habitacional da cidade e que precisam renovar o registro todo ano.

CARREGANDO :)

Segundo a prefeitura, um dos motivos para a diminuição foi a entrega de 5,5 mil imóveis desde 2013, de um total de 15 mil casas que serão concedidas até o fim de 2016. Via assessoria de imprensa, a Cohab explica que é difícil zerar a fila do cadastro porque a demanda é constante e tende a aumentar quando a Cohab anuncia novas entregas de imóveis. A prefeitura cita como exemplo a entrega de 480 apartamentos no bairro Santa Cândida, no último dia 3, que desencadeou nas semanas seguintes 588 novas inscrições.

Para o diretor-presidente da Cohab, Ubiraci Rodrigues, a diminuição da fila de espera também se deve a uma melhora da renda de Curitiba. "Com isso, muitas famílias migraram da fila da Cohab para a fila comercial de imóveis", diz Rodrigues.

Publicidade

Porém, aquelas famílias que perderam o prazo de renovação obrigatória do cadastro da Cohab também ajudaram a reduzir a lista de espera. Por mês, o número de exclusões de cadastro gira em torno de 1,8 mil, número que abarca tanto pessoas que receberam imóveis quanto as que foram excluídas.

Procura

A quantidade de candidatos a um imóvel cresceu 7,12% com o lançamento, em 2009, do programa "Minha Casa, Minha Vida", principal financiador de moradia popular no país. Em 2010, a demanda aumentou 24,29% e registrou crescimentos menores nos outros anos. Apenas em 2013 é que começou uma desaceleração nas inscrições.

O perfil de inscritos na fila da Cohab mostra que o candidato a um imóvel é majoritariamente mulher (62%), jovem (68% entre 19 e 39 anos), com renda de até R$ 1.600,00 (61%) e que estudou até o 2.º grau (82,5%).

Publicidade