Lucas Abagge, 23 anos, foi preso ao lado de outros dois homens, por suspeita de participar do sequestro relâmpago de um jovem, no Centro Cívico, em Curitiba, na madrugada desta quinta-feira (15). O rapaz é filho de Beatriz Abagge, condenada a 21 anos de prisão pela morte do menino Evandro Ramos Caetano, em Guaratuba, no Litoral do Paraná, em 1992.
Segundo a Polícia Militar, a vítima do sequestro relâmpago estava em uma casa de shows na Rua Mateus Leme, quando decidiu descansar no carro, um Peugeot 207, que estava estacionado na rua. Três homens se aproximaram, anunciaram o assalto e levaram o carro com o jovem dentro. A vítima foi agredida, amarrada e deixada no Bairro Alto cerca de uma hora e meia depois.
Os amigos do rapaz saíram da casa de shows, notaram que o carro não estava mais no local e ligaram para a família dele, de acordo com a PM. O carro possui um rastreador e os familiares viram que o veículo se direcionava a Colombo. Eles decidiram seguir o automóvel e, no caminho, encontraram uma viatura policial, que deu continuidade às buscas.
O carro foi localizado em frente a uma casa no Jardim Eucalipto, em Colombo. Ao ver a polícia, um dos suspeitos tentou fugir, mas foi capturado. Além de Lucas Abagge, foram presos Aderson Christian da Cunha, 32 anos, e Jhonatan Peyerl, 23. Os três foram levados para o 3º Distrito Policial. "Eles foram reconhecidos pela vítima e foram autuados em flagrante por roubo agravado", disse o superintendente Sérgio Quirino do Nascimento.
Objetos que estavam no carro e um revólver de calibre 38 foram encontrados dentro da casa, que é de um dos suspeitos. A arma apreendida pertence à Polícia Civil. Os três suspeitos possuem passagem por porte ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas.
Caso Evandro
Beatriz Cordeiro Abagge foi condenada em maio de 2011, 19 anos depois da morte de Evandro Ramos Caetano, com seis anos na época, em um suposto ritual de magia negra. O menino desapareceu em 6 de abril de 1992 e o corpo foi encontrado cinco dias depois.
Beatriz foi julgada pelo sequestro e assassinato do garoto duas vezes. O primeiro julgamento aconteceu em 1998 e foi o mais longo júri da história da Justiça brasileira durou 34 dias. O caso ficou conhecido como "as bruxas de Guaratuba".
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