Até o meio dia desta quarta-feira (9), 15 mulheres já haviam confirmado à polícia que foram estupradas por um homem de 31 anos, filho de um pastor evangélico de Maringá, na região Noroeste do Paraná. Ele foi preso em flagrante na terça-feira (8) depois que uma das vítimas conseguiu anotar a placa do carro em que ele estava no momento do abuso. Ele nega a autoria dos crimes.

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O suspeito está sendo chamado de “maníaco da academia”, já que costumava atacar mulheres vestidas com roupas de ginástica, segundo a polícia.

De acordo com a delegada Emilene Locatelli, da Delegacia da Mulher de Maringá, o homem teria abusado das duas últimas vítimas no domingo (6). Os outros crimes teriam acorrido entre julho e setembro deste ano. Neste período, segundo Emilene, ele agia a pé. “Ele se aproximava, colocava as mãos no ombro da mulher e dizia que estava armado.”

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Ainda conforme a delegada, o homem teria usado o carro apenas nos dois últimos ataques. “Ele não era habilitado. Recebeu a CNH há pouco mais de duas semanas e passou a usar o carro do pai”, afirma.

Conforme o delegado chefe da 9.ª Subdivisão Policial (SDP) de Maringá, Osmir Ferreira Neves, a última vítima disse também que viu uma Bíblia de cor laranja no banco do passageiro. Outro detalhe – que teria sido narrado por todas as mulheres atacadas, segundo Neves – era de que o agressor usava duas calças de ginástica, com elástico na cintura.

“Além das mulheres narrarem histórias semelhantes, a Bíblia foi encontrada no carro e ele estava com duas calças no momento da prisão. Além disso, ele foi reconhecido por todas as vítimas. Não há qualquer dúvida de que ele seja o responsável”, garante o delegado.

A coleta de material genético do suspeito deve ser feita ainda nesta semana para comprovar a autoria dos abusos. A Polícia Civil de Maringá pede para que mulheres que foram estupradas ou que sofreram tentativa de abuso sexual se dirijam à delegacia para registrar o caso e ajudar na identificação do suspeito.

Perfil do suspeito

O homem de 31 anos é filho de um pastor evangélico de Maringá. Trabalha como músico na igreja em que o pai atua, conta o delegado - chefe Osmir Ferreira Neves. Segundo ele, a família está incrédula e diz que o jovem nunca demonstrou comportamento estranho. Sempre foi tranquilo, comunicativo e caseiro. Teve apenas duas namoradas durante toda a vida – ambas, frequentadoras da igreja.

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Neves afirma que o rapaz já havia sido detido, em 2010, sob suspeita de estuprar uma mulher. Como ele não foi reconhecido pela vítima, à época, acabou sendo liberado. “Isso nos leva a crer que ele agia há bastante tempo e que o número de vítimas pode ser muito maior”, diz o delegado.