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Qualquer criança tem capacidade para aprender e desenvolver as mais diversas habilidades. Para isso, basta ser estimulada. A opinião é da psicopedagoga Evelise Maria Labatut Portilho, doutora em educação e professora da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Paraná. Segundo ela, o surgimento da psicologia cognitista (que defende que as pessoas não nascem prontas ou inteligentes) na metade do século 20, mudou o modo como a sociedade vê a educação e o desenvolvimento das crianças.

"Demos um salto qualitativo. Antigamente não se acreditava no potencial do sujeito e eles eram rotulados. Hoje acreditamos que este sujeito possa estar cada vez melhor", explica. Evelise defende a variedade no estímulo de habilidades tanto na escola como em casa. "Não há limites para esta estimulação, mas é importante diferenciar as maneiras de estímulo e que as pessoas entrem em contato com as mais diferentes linguagens", disse.

Já a doutora em psicologia da educação e professora do Departamento de Teoria e Fundamentos da Educação da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Tânia Stoltz, faz ressalvas aos excessos e lembra que existem estudos que revelam que a hiperestimulação pode levar à desorganização e refletir em dificuldades para a própria vida afetiva do indivíduo. "Mas o que pode ser demais para um pode não ser demais para outro", afirma.

Tânia ainda ressalta que o meio é apenas um dos fatores que explicam o desenvolvimento da inteligência, que depende também do nível de experiência entre a pessoa e os objetos e o tempo em que cada pessoa levará para absorver as informações recebidas. "Alguns dão uma resposta mais precoce do que outros." (TD)

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