Estrelado pela atriz Sally Field, o filme americano Nunca Sem Minha Filha, de 1991, retrata o drama real da americana Betty Mahmoody, que passou 18 meses impedida de sair do Irã com a filha. O enredo é muito parecido com o caso da paranaense Nariman Chiah: Betty é uma dona-de-casa que aceita passar férias na terra natal do marido. Lá, o comportamento dele muda radicalmente e, ao fim da estadia inicialmente planejada, ele anuncia que a família não vai mais voltar aos Estados Unidos. Betty é espancada e tem confiscados pelo marido seu dinheiro e passaporte. Ela passa a ser mantida prisioneira na casa da cunhada.

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Como no Líbano, Betty descobre que no Irã as mulheres não têm direito legal sobre seus filhos. Ela poderia até sair do país, mas não conseguiria levar a filha sem a permissão do marido. Diante disso, Betty inicia uma jornada pelos desertos e montanhas da fronteira do país rumo à Turquia. Lá, a legislação permitiria que ela embarcasse com a filha rumo aos Estados Unidos. O percurso se assemelha muito com o que Nariman empreendeu no início de agosto, quando acabou barrada na Síria. Na companhia de guias especializados em deixar o país ilegalmente, a paranaense atravessou – a pé, grávida de cinco meses e na companhia do filho de 5 anos – montanhas e um rio durante a madrugada. O objetivo também era chegar à Turquia.

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