Curitiba – Com o fim da Copa do Mundo de futebol, a atenção da imprensa e dos brasileiros se volta para as eleições de 1.º de outubro, quando serão escolhidos de uma só vez o presidente da República, governadores, senadores, deputados federais e estaduais. Definidos os onze candidatos que vão disputar a Presidência, agora começa o embate para conquistar a simpatia dos eleitores.

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Mas quem descumprir as regras estabelecidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pode ter sua candidatura impugnada.

Os pedidos de investigação podem ser feitos pelo Ministério Público (MP), partidos e candidatos. O eleitor deve fazer uma representação no MP, caso ache que algum candidato ou partido está extrapolando as regras.

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O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná promete publicar amanhã relação dos postulantes a um cargo público. Os pedidos de impugnação devem ser apresentados até cinco dias após a publicação da lista.

O dia 23 de agosto é o prazo final para o TSE e os TREs julgarem os pedidos de impugnação e os registros de candidatura. "Cada pedido de impugnação será analisado por um juiz auxiliar do Tribunal Eleitoral", diz Ana Flora França e Silva, diretora da Secretaria Judiciária do TRE-PR. Segundo a diretora, o TSE tem até 20 de setembro para analisar os recursos dos denunciados.

A partir de 16 de setembro, nenhum candidato pode ser detido ou preso, mas se for pego em flagrante, a lei não o livra da cadeia. O mesmo vale para os eleitores, só que a partir de 26 de setembro. A medida vale até 3 de outubro.

Propaganda

Desde quinta-feira passada, a propaganda política e a realização de comícios estão autorizados. Mas os candidatos, por exemplo, não poderão distribuir brindes e realizar os chamados showmícios com cantores populares. O programa eleitoral transmitido por emissoras de rádio e televisão só começa em 15 de agosto.

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O eleitor terá um pouco mais de um mês para escolher ou não seus candidatos, usando como informativo a propaganda eleitoral na televisão e no rádio. O material vai ao ar até 28 de setembro, prazo final, também, para a realização de debates e propaganda política em comícios ou reuniões públicas. Os candidatos terão mais dois dias, até 30 de setembro, para tentar ganhar ou cativar votos com a propaganda eleitoral de rua. Será permitido apenas o uso de alto-falantes, amplificadores de som, carreatas e a distribuição de propaganda política.

As campanhas estão mais ricas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que concorre a reeleição, pretende gastar até R$ 89 milhões. O principal opositor, Geraldo Alckmin (PSDB), informou ao TSE que terá R$ 85 milhões para usar na campanha.

Quem pretende gastar mais é a empresária Ana Maria Rangel, candidata pelo PRP, cerca de R$ 150 milhões. Luciano Bivar (PSL) vai dispor de R$ 60 milhões. O ex-ministro Cristovam Buarque (PDT) e o ex-deputado federal José Maria Eymael (PSDC) terão R$ 20 milhões. Já a senadora Heloísa Helena (PSol) pretende gastar no máximo R$ 5 milhões e Rui Pimenta (PCO), R$ 100 mil.

Carlos Alberto Machado (PSC) protocolou que vai usar R$ 100 milhões na disputa. João Bosco Luz Kalil, do PT do B, pretende gastar R$ 200 mil e João Eduardo de Resende (PMDB) não informou os valores da campanha.

Credibilidade

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Depois dos recentes escândalos que atingiram em cheio a credibilidade dos políticos brasileiros, em especial a comprovação de caixa 2 nas últimas campanhas eleitorais (dinheiro não registrado na Justiça Eleitoral), os tesoureiros e coordenadores de campanha vão merecer uma maior atenção dos eleitores no pleito deste ano. Os partidos têm até 19 de julho para registrarem seus comitês financeiros na Justiça Eleitoral. O PT, que foi o partido mais atingido pelas denúncias, escolheu Ricardo Berzoini, presidente do partido e ex-minitro do Trabalho, e José de Filippi Jr., prefeito licenciado de Diadema (SP).

Em 1.º de outubro, os cerca de 126 milhões de brasileiros aptos a votar, segundo cálculo do TSE, vão definir os novos deputados estaduais e federais, senadores e, em alguns casos, os governadores e até o presidente no primeiro turno do pleito. O segundo turno seria dia 31 de outubro.

Após realizar seu dever cívico, restará ao eleitor torcer para que os seus candidatos não repitam o fiasco da Seleção Brasileira na Copa da Alemanha. Seria muita frustração para um ano só.