Braço da Fundação Oswaldo Cruz no Paraná, o Instituto Carlos Chagas (ICC) conseguiu isolar o vírus causador da febre Chikungunya em amostras humanas. Isso irá agilizar o desenvolvimento de kits para o diagnóstico rápido da doença e descartará a necessidade de animais para os testes de detecção do vírus, o que é feito atualmente.
Pelo país
Detectada na década de 1950 entre a Tanzânia e Moçambique, a febre Chikingunya chegou às Américas em 2013. No ano passado, o vírus começou a circular no Brasil. Os estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste registraram mais casos. No Paraná, sete casos importados foram registrados até o último dia 13 de janeiro.
Mas a chegada desse kit ao mercado ainda demora. “Seria leviano dizer que será rápido, mas as pesquisas estão adiantadas. O isolamento do vírus nos permite avançar bastante nisso”, explica a virologista Claudia dos Santos, chefe do Laboratório de Virologia Molecular do ICC, responsável pela pesquisa.
Mosquito
O vírus da febre Chikungunya é transmitido por dois mosquitos: o Aedes aegypti e o Aedes albopictus. O primeiro, mais urbano e pouco tolerante ao frio, é o mesmo vetor da dengue. Já o Aedes albopictus é comum em áreas rurais e mais adaptado ao frio. Esses aspectos tornam o seu combate mais complicado.
Para conseguir as amostras e isolar o vírus, o Instituto Carlos Chagas fez uma parceria com a Secretaria de Saúde de Feira de Santana (BA), onde a doença é um problema grave – em 2014, a cidade registrou 1.027 casos da febre Chikungunya. Da Bahia foram enviadas amostras de pacientes na fase aguda da doença. No laboratório do ICC, esse material passou por testes com imunoflorescência indireta e técnicas de ampliação do RNA viral.
Sintomas
Febre alta e dor nas articulações são os principais sintomas da Chikungunya e podem durar por meses ou anos. “É uma doença altamente incapacitante e que pode durar muito tempo. Isso prejudica muito a capacidade econômica da pessoa acometida pela doença”, diz a virologista Claudia dos Santos.
Os resultados obtidos pelos pesquisadores serão agora trabalhados em parceria com a Bio-Manguinhos, que é a unidade da Fiocruz responsável pelo desenvolvimento e produção de vacinas, reativos e biofármacos. “A intenção é desenvolver um teste rápido, competitivo e de custo exequível”, comenta Cláudia.
O desenvolvimento de um teste com essas características possibilitará que o diagnóstico laboratorial da Chikungunya fique menos restrito do que é hoje. Em cidade em que a febre já é considerada ema epidemia, o diagnóstico da doença é feito pelo critério clínico epidemiológico. Em Feira de Santana, por exemplo, dos 1.057 confirmados entre agosto de 2014 e 13 de fevereiro deste ano, 1.037 seguiram esse critério. Apenas 20 casos foram testados em laboratório.
Tratamento
Não existe vacina ou medicação específica para tratar a febre Chikungunya. O paciente recebe apenas medicação para diminuir as dores e a febre.
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