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Sting: sem dom para as rimas | Arquivo Gazeta do Povo
Sting: sem dom para as rimas| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

Dois fiscais do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e seis madeireiros foram presos em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, nesta desta terça-feira (23), durante a operação "Floresta Negra", de policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) em parceria com o IAP. O grupo é suspeito de compra e venda de autorizações irregulares para corte e venda de araucárias. (veja os nomes dos presos no quadro abaixo)

Elma Nery de Lima Romano, 50 anos, ex-chefe do órgão em Ponta Grossa há cinco meses, é suspeita de ser a responsável por comandar todo o esquema. Ela está foragida, mas segundo informações da polícia, iria se apresentar ainda nesta terça-feira.

O cumprimento dos dez mandados de prisão e de busca e apreensão iniciaram ainda de madrugada. Os policiais invadiram as casas dos suspeitos e apreenderam documentos para análise. De acordo com a secretaria estadual da Secretaria Pública, há indícios de participação de policiais militares da Força Verde, que já foram afastados daquela região e ainda estão sendo investigados.

"Segundo relatório que me foi apresentado pela polícia, a mulher (Elma) seria a mentora. Eu acho que com os documentos de computadores que foram apreendidos hoje (terça-feira) é que nós teremos uma condição melhor de avaliar os papéis de cada uma dessas pessoas nesse processo", afirma Vitor Hugo Ribeiro Burko, presidente do IAP.

Esquema

Segundo o IAP, os funcionários do órgão estariam recebendo propina para liberar licenças de desmatamento e os madeireiros pagavam pela autorização do corte de árvores. Muitas denúncias que chegavam à sede do IAP em Ponta Grossa não eram investigadas. A suspeita é de que os fiscais cobravam para não irem atrás dos crimes ambientais.

De acordo com a Secertaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), a polícia descobriu em 19 fazendas da região o corte ilegal de mais de 36 mil araucárias (27.664 m³). A devastação cometida pela quadrilha teria rendido mais de R$ 8 milhões. De acordo com a polícia, se houver a comprovação dos fatos, os fiscais e os madeireiros podem responder por formação de quadrilha, corrupção ativa e falsidade ideológica.

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