Inquérito
O delegado do 3.° Distrito Policial, Carlos Alberto Castanheiro, instaurou inquérito na última sexta-feira para investigar o caso do incêndio em uma distribuidora de gás no bairro Mercês.
"A partir de agora temos 30 dias para concluir o processo. Estou aguardando os laudos do Corpo de Bombeiros e da Criminalística para saber o que aconteceu no dia", explica.
A hipótese mais provável é de que tenha ocorrido um vazamento de gás. Além disso, a distribuidora armazenava mais botijões do que o permitido.
Três revendedoras de gás de Curitiba foram fechadas em oito vistorias feitas nas últimas 48 horas por apresentarem irregularidades. Um grupo composto por técnicos da prefeitura e do Corpo de Bombeiros, com o apoio da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) e da Agência Nacional do Petróleo (ANP), iniciou uma fiscalização, em conseqüência do grave incêndio em uma distribuidora de gás no bairro Mercês, na semana passada. O secretário executivo da Comdec, Renê Witek, afirmou em entrevista ao jornal Gazeta do Povo, na edição desta quinta-feira (9), que das oito fiscalizações, uma ocorreu por denúncia. "As outras foram aleatórias. Em todas elas encontramos alguma irregularidade, seja pela falta de alvará ou de autorização da ANP. Embargamos e multamos três e as outras cinco foram autuadas e devem ser regularizadas dentro de um prazo estipulado", explica.
O objetivo da equipe é vistoriar os 880 estabelecimentos licenciados para trabalhar na capital e também as revendedores denunciadas como clandestinas. "Não há como prever quanto tempo vamos despender. Temos a necessidade de fazer isso por causa da segurança dos moradores vizinhos aos estabelecimentos. Vai demorar um pouco, mas é necessário", comenta Witek.
Vistorias
Nestas vistorias, os fiscais estão analisando as condições e capacidade para o armazenamento dos produtos, instalações elétricas no local, vazamentos e distâncias entre área de acomodação de botijões e residências. Os comerciantes devem apresentar ainda o alvará de funcionamento, o certificado de vistoria do Corpo de Bombeiros e o projeto de prevenção de incêndios.
As assessorias da prefeitura e a dos bombeiros explicam que as fiscalizações nunca deixaram de ser feitas, mas a pedido do Ministério Público elas foram intensificadas após a explosão e o incêndio ocorridos nas Mercês no dia 1º de agosto.
Serviço: Denúncias de irregularidades em revendedoras de gás podem ser feitas ao Corpo de Bombeiros (193), prefeitura (156), Ministério Público (41-3250-4000) e Agência Nacional do Petróleo (0800-970-0267).
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