O fiscal da Delegacia Regional do Trabalho (DRT), Sérgio Barros, especialista em segurança do trabalho, apontou uma série de irregularidades no canteiro de obras onde um operário morreu soterrado, na tarde de quarta-feira (23).
Segundo o fiscal, em entrevista ao ParanáTV, não havia nenhuma identificação dos responsáveis pela obra no local. "Tem que ter o nome da empreiteira, dos subempreiteros e dos responsáveis técnicos do projeto estrutural e pela execução da obra", explica Barros.
O operário Hermínio Goldino Pereira, 56 anos, morreu quando uma das laterais do buraco onde trabalhava desmoronou. Ele teria descido pela pá de uma retroescavadeira para procurar uma antiga tubulação.
O resultado da perícia feita pelos fiscais da DRT deve ficar pronto em uma semana. O Ministério Público vai analisar as informações e apontar as causas e os possíveis culpados pelo acidente.
Pereira trabalhava há apenas dois meses na empreiteira e não teria carteira assinada. A família acusa a empresa de não fornecer equipamentos de proteção. O corpo do operário foi enterrado no cemitério Ferraria, em Campo Largo, na região metropolitana de Curitiba, no final da tarde desta quinta-feira (24).