Foz do Iguaçu Uma denúncia veiculada pela Rede Paranaense de Televisão (RPC) sobre a venda indiscriminada de CDs e DVDs, óculos e outros artigos pirateados do Paraguai desencadeou ontem um arrastão na Avenida Brasil, principal via comercial de Foz do Iguaçu. A operação denominada Calçada Livre foi desenvolvida por 32 homens da Receita Federal (RF), Polícia Federal (PF), fiscais da prefeitura e da Guarda Municipal.
Logo pela manhã, os agentes abordaram os cerca de 30 ambulantes que atuam livremente na via. Nem mesmo a apresentação de alvarás foi suficiente para impedir a apreensão de mercadorias sem nota fiscal.
O desespero dos camelôs diante da perda da mercadoria aumentou o clima de tensão. Um guarda municipal foi agredido ao impedir que uma ambulante recuperasse a mercadoria apreendida. Os policiais federais, então, revidaram para acabar com o tumulto e a vendedora foi encaminhada ao hospital. Os camelôs denunciam abuso de violência.
A polícia nega excesso de força. "Os policiais foram mordidos, agredidos, tentaram até retirar a arma de um policial. Só foi usada a força necessária", responde o agente da PF Arthur Almeida.
As pessoas que tiveram as mercadorias recolhidas foram multadas em R$ 700. Se comprovarem a origem dos produtos em 48 horas, terão as mercadorias devolvidas.
Foz Segura
A presença de policiais nas ruas foi intensificada anteontem, com a reedição da Operação Foz Mais Segura. Policiais de todo o estado estão na cidade para combater a violência na cidade, que já registrou 217 assassinatos de janeiro a outubro, além do aumento de 43% no número de carros roubados.
Segundo o delegado da 6.ª Subdivisão Policial, José Roberto Jordão, cerca de 400 homens integram a força anticrime, incluindo a Polícia Militar, a Polícia Civil e a Guarda Municipal. "A população de bem pode ficar tranqüila, nós não estamos brincando de fazer segurança", comentou o comandante do 14.º Batalhão, major Honório Simião Carneiro.
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