Uma fiscalização conjunta feita pela Delegacia Regional do Trabalho no Paraná, Ministério Público do Trabalho e Polícia Federal resultou na emissão de 11 autos de infração e no resgate de nove trabalhadores submetidos a condilções de trabalho similares a regime de escravidão e de outros oito em condições degradantes de trabalho. Os trabalhadores atuavam na colheita de erva-mate na Fazenda Santa Rosa, em General Carneiro (Sul do estado). Os fiscais acharam dez funcionários na fazenda: dois adolescentes. Apenas um era registrado. Um dos adolescentes denunciou que trabalhava das 7 às 17 horas, de segunda a sábado, com intervalo de uma hora.

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Segundo o delegado regional do Trabalho, João Graça, os alojamentos eram de lona, sem portas, janelas, banheiros nem água potável e faltavam equipamentos de proteção individual. Os trabalhadores também foram levados a contrair dívidas e houve retenção de carteiras de trabalho. Caso persistam as irregularidades, a fazenda pagará multa de R$ 1 mil por cláusula descumprida – ao todo foram 23 – e por trabalhador prejudicado.

O empregador Dirceu Bottega alega ter sido vítima da própria inexperiência. "Não lido com isso, paguei quem trabalhou e quem não trabalhou também." O dono da fazenda diz que alguns dos empregados atuaram apenas meio dia.

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