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Foz do Iguaçu – Fiscais da Receita Federal (RF) ocuparam ontem a Rodoviária de Foz do Iguaçu para apreender bolsas com mercadorias contrabandeadas que seriam transportadas por sacoleiros em ônibus de linhas comerciais. A Polícia Federal (PF) e a Polícia Militar (PM) apoiaram a ação surpresa, que faz parte da Operação Fronteira Blindada, iniciada na última segunda-feira na região de Foz.

Os policiais fecharam as entradas da rodoviária para evitar que os sacoleiros deixassem o local ao perceber a ação. A vistoria foi feita no guarda-volumes (onde foram encontradas duas espingardas de pressão) e nas bagagens.

As bolsas de viagem que apresentaram suspeita de conter mercadorias contrabandeadas ou para fins comerciais, mesmo dentro da cota de US$ 300, foram lacradas e encaminhadas à RF. Os responsáveis pelos produtos receberam um termo de lacração e terão 48 horas para comparecerem à delegacia da RF em Foz.

Os sacoleiros ficaram indignados com a ação. "Trabalhei a semana inteira passando mercadoria na Ponte da Amizade no sol quente e agora perdemos tudo", lamenta a dona-de-casa Lucilene da Silva Bordinhon, 30 anos. Lucilene diz que levaria acessórios de celular para São Paulo.

Segundo o assessor de imprensa da RF, Robson Perini, as vistorias na rodoviária de Foz do Iguaçu passarão a ser diárias. "Estaremos fiscalizando em todo período de movimentação de ônibus", diz. Com a fiscalização no terminal, a RF fecha o cerco a mais um meio usado pelos sacoleiros para transportar mercadorias adquiridas no Paraguai.

A Operação Fronteira Blindada também acontece no Aeroporto de Foz do Iguaçu, no posto de pedágio de São Miguel do Iguaçu e no posto de fiscalização Bom Jesus, em Medianeira, ambos na BR-277, além de estradas vicinais usadas para o desvio da fiscalização, com cerca de 220 servidores. A RF recomenda aos compristas fazer a declaração de bagagem na aduana da Ponte da Amizade, ao adquirir as mercadorias no Paraguai, ou pagar o imposto para os produtos que ultrapassam o limite de US$ 300. Apesar da exigência, os turistas reclamam das longas filas da aduana para declarar bagagens.

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