Foz do Iguaçu – O cerco ao contrabando na fronteira com o Paraguai está obrigando os sacoleiros a adotar medidas desesperadas. Para tentar fugir da polícia, um grupo deles escondeu mercadorias compradas sem o pagamento de impostos no meio de uma plantação de trigo, na madrugada de ontem, às margens na Estrada Velha de Guarapuava, em Foz do Iguaçu. A via é usada como desvio da fiscalização na BR-277.

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Policiais militares, rodoviários e fiscais da Receita Federal (RF) fizeram campana no meio das plantações, vizinhas ao Parque Nacional do Iguaçu, para surpreender os contrabandistas. Logo pela manhã, os fiscais conseguiram recuperar eletroeletrônicos, brinquedos e artigos de informática escondidos e apreenderam sete ônibus, de um total de dez, que saíram em comboio de Foz do Iguaçu (a maioria com destino a São Paulo). Cada um levava cerca de US$ 35 mil (cerca de R$ 84 mil) em mercadorias. Em um dos veículos, os fiscais encontraram 180 quilos de maconha. Um dos ônibus que transportava cerca de 15 passageiros ficou atolado na estrada e foi retirado apenas à tarde por um guincho.

Para o supervisor de operações da RF, Gilberto Buss, os compristas que ainda insistem em vir à fronteira para adquirir mercadorias não são sacoleiros. "O sacoleiro tenta recuperar a mercadoria. O enfrentamento e a atitude de colocar fogo nos ônibus é coisa de contrabandista", diz.

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Fogo

Na semana passada, os compristas atearam fogo em sete ônibus lotados com mercadorias, dos quais um ficou totalmente queimado. No dia 1.º de julho, a polícia montou uma operação de emergência com helicóptero e agentes de várias cidades paranaenses para perseguir um comboio formado por 23 ônibus na região de Cascavel.

Contrabando

35 mil dólaresEra valor das mercadorias encontradas em cada ônibus apreendido ontem pela polícia em Foz do Iguaçu.