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Transporte

Fissuras no teto do Terminal do Cabral assustam usuários

Rachadura é acomodação “comum para o clima de Curitiba”, diz a Urbs | Felipe Rosa/Gazeta do Povo
Rachadura é acomodação “comum para o clima de Curitiba”, diz a Urbs (Foto: Felipe Rosa/Gazeta do Povo)

Uma reforma de R$ 4,3 milhões, que se estendeu por 15 meses – de setembro de 2009 a dezembro de 2010 –, não foi suficiente para resolver problemas estruturais no Terminal do Cabral, que apresenta fissuras no teto e nas paredes de sua passagem subterrânea. Órgãos públicos que estiveram à frente da reforma negam responsabilidade nos problemas verificados agora, tidos como "comuns e de fácil manutenção". Funcionários que trabalham no conserto das fissuras disseram, no entanto, que houve negligência nas obras entregues em 2010, às vésperas da troca de governo.

Há cerca de duas semanas, pedaços de concreto caíram da passagem subterrânea do terminal, ampliada em 23 metros na reforma. Como medida preventiva, a administração do local colocou escoras nas paredes. O fato causou apreensão nos usuários, e um boato passou a ser espalhado entre transeuntes de que a passagem subterrânea corria risco de desabamento. Estima-se que o terminal receba 85 mil pessoas por dia.

A Urbanização de Curitiba (Urbs), empresa municipal de economia mista que vistoriou a reforma, afirma que o estaqueamento da passagem subterrânea foi apenas uma medida de segurança rotineira, anterior ao laudo que detectou como nulo o risco de desabamento. O que houve, segundo a Urbs, foi uma acomodação de material, causando fissuras na junta de dilatação. O acontecimento foi descrito como "comum para o clima de Curitiba" e sem relação necessária com a reforma entregue em 2010.

No entanto, um funcionário da Socicam, empresa que está realizando o reparo nas fissuras, disse à reportagem que a queda de pedaços do teto e da parede está relacionada a uma colocação indevida de capa de concreto na junta durante a reforma. "Não sei por que foi executado desse jeito", afirmou o funcionário, que não quis ser identificado.

Na semana passada, ainda estavam sendo retirados pedaços de concreto que despregaram do teto da passagem subterrânea. A Urbs afirma que os reparos devem ir até o meio desta semana e que não gerarão custos adicionais nem para o estado nem para o município.

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