Um flanelinha perdeu o controle de um Citroën Xsara na noite de quinta-feira na Rua Almirante Gonçalves, em Copacabana, e provocou um acidente que matou uma pessoa e deixou três feridas. Testemunhas dizem que o homem, conhecido como William, estava visivelmente alcoolizado e teria se atrapalhado com o câmbio automático do carro. O flanelinha fugiu.

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William bateu com o carro em uma Kombi que estava estacionada. Com o choque, o veículo foi arremessado sobre a praça localizada no fim da rua. A Kombi atingiu uma mesa, em que quatro homens jogavam cartas. Marcus Cleyton Ferreira, de 61 anos, morreu na hora. Conhecido como Pequeno, Marcus morava na Rua Ary Saldanha, próxima à praça. Josef Carlos Santos Reis, de 53 anos; Linaldo Rocha Coelho, cuja idade não foi informada pela polícia; e Matias Pereira de Araújo, de 47 anos, ficaram feridos sem gravidade e foram levados para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea.

O proprietário do veículo, que não quis se identificar, registrou a ocorrência na 13ª DP (Copacabana). O delegado adjunto Bruno Gilaberte disse que a polícia vai buscar em seus registros todos os flanelinhas que já tenham passado pelas delegacias de Copacabana e de Ipanema para tentar identificar e localizar William.

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O flanelinha será indiciado por homicídio culposo e lesão corporal culposa. Sua pena pode ser aumentada pelo agravante de omissão de socorro, segundo Gilaberte. Ele será indiciado ainda por exercício ilegal da profissão. O delegado explicou que o dono do Citroën Xsara não tem responsabilidade criminal, mas poderá ter que pagar indenizações às vítimas. Ele apenas responderá criminalmente se o flanelinha não tiver carteira de habilitação.

Na delegacia, o proprietário do carro, que mora perto do local do acidente, disse que havia acabado de chegar em casa. "Deixei a chave do carro com ele outras vezes e ele sempre manobrou direitinho", afirmou, muito nervoso.

Em julho de 2010, um flanelinha atropelou e matou uma estudante na Praia do Flamengo após pegar, sem consentimento do dono, o carro do qual estava tomando conta. Iedo dos Anjos Cândido, cuja carteira de habilitação estava vencida, atingiu Angélica Ramos da Silva, de 29 anos, e fugiu sem prestar socorro. Ele acabou sendo preso depois de o proprietário do veículo, o advogado André Luiz Guedes Valente, acionar a Polícia Militar.