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Cidade cor-de-rosa

Florada das cerejeiras muda a paisagem de Curitiba

Começa florada das Cerejeiras em Curitiba | Antônio More/Gazeta do Povo
Começa florada das Cerejeiras em Curitiba (Foto: Antônio More/Gazeta do Povo)
Cerejeiras chamam atenção das pessoas na Praça do Japão |

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Cerejeiras chamam atenção das pessoas na Praça do Japão

Cerejeiras se destacam na praça do Japão, em Curitiba |

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Cerejeiras se destacam na praça do Japão, em Curitiba

Árvores floridas mudam as cores da Praça do Japão |

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Árvores floridas mudam as cores da Praça do Japão

Cor das flores contrasta com arquitetura dos prédios da cidade |

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Cor das flores contrasta com arquitetura dos prédios da cidade

Flores ficam cerca de quinze dias nas árvores |

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Flores ficam cerca de quinze dias nas árvores

O Jardim Botânico de Curitiba tem um caminho de cerejeiras, muito apreciado por turistas e visitantes |

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O Jardim Botânico de Curitiba tem um caminho de cerejeiras, muito apreciado por turistas e visitantes

Detalhe das flores da cerejeira |

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Detalhe das flores da cerejeira

As flores da cerejeira chamam a atenção das pessoas |

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As flores da cerejeira chamam a atenção das pessoas

Um passio cor-de-rosa no Jardim Botânico |

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Um passio cor-de-rosa no Jardim Botânico

As cerejeiras emolduram turistas no Jardim Botânico em Curitiba |

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As cerejeiras emolduram turistas no Jardim Botânico em Curitiba

As flores da cerejeira duram, em média, 15 dias e depois caem |

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As flores da cerejeira duram, em média, 15 dias e depois caem

A coloração do ipê roxo pode confundir com a cerejeira, mas a árvore é mais alta e as flores são diferentes |

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A coloração do ipê roxo pode confundir com a cerejeira, mas a árvore é mais alta e as flores são diferentes

Detalhe das flores do ipê roxo, mais longas e compactas do que as da cerejeira |

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Detalhe das flores do ipê roxo, mais longas e compactas do que as da cerejeira

As folhas que caem no chão, apesar de belas, podem irritar alguns vizinhos da árvore |

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As folhas que caem no chão, apesar de belas, podem irritar alguns vizinhos da árvore

Tucano-de-bico-verde pousado na cerejeira iniciando sua florada |

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Tucano-de-bico-verde pousado na cerejeira iniciando sua florada

Pássaro conhecido como guaxe na cerejeira em flor |

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Pássaro conhecido como guaxe na cerejeira em flor

Cerejeiras em Apucarana - no jardim dos japoneses |

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Cerejeiras em Apucarana - no jardim dos japoneses

Sakura no hana |

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Sakura no hana

A primeira da estação na Praça do Japão |

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A primeira da estação na Praça do Japão

Florada das Cerejeiras

Nesta época do ano, o cinza do céu de inverno é contrastado pelo cor-de-rosa característico de algumas árvores. Mas aproveite para contemplar, pois algumas das flores não duram mais do que duas semanas

Reza a lenda que a flor de cerejeira – chamada de sakura pelos japoneses – surgiu da queda de uma princesa no Monte Fuji, a mais alta montanha do arquipélago do Japão. Ao cair, ela foi amparada pela árvore, transformando-se na vistosa flor que andou meio mundo e agora se espalha por muitas praças e ruas de Curitiba nesta época do ano.

E que de tão formosa consegue até mesmo tornar menos soturnos os dias prolongadamente cinzas que tomam conta da capital neste período. Se por um lado a chegada do tempo frio entre o fim de junho e início de julho deixa muita gente desalentada, por outro ele anuncia o início de uma das mais sublimes floradas da cidade. É quando o céu brusco de Curitiba perde importância, já que o que vale mesmo é prestar atenção no magenta vivo que evidencia as flores de cerejeira.

E não são poucas as árvores desta espécie que incrementam o cartão postal curitibano. Isso porque o clima do Sul do Brasil é propício para o cultivo da planta, que ganha ainda mais condições com os cuidados dos imigrantes e descendentes japoneses que ajudaram a colonizar a cidade.

"A flor Sakura é um símbolo nacional do Japão e nós não temos como deixá-la de lado. Precisamos e gostamos de cultivar esta árvore para manter a nossa cultura", conta Rosa Osaki, vice-presidente da Associação Cultural e Beneficente Nipo-Brasileira de Curitiba (Nikkei) de Curitiba.

Rústica, a cerejeira exige poucos cuidados para mantê-la, afirma Luiz Antônio Acra, professor de botânica de bioética da PUCPR. O fato ajuda a explicar porque mesmo longe de suas terras originárias, na Ásia, a planta se deu tão bem nas regiões paranaenses. "Aqui [PR] há uma proximidade com o clima de onde estas plantas vieram. E neste caso a queda de temperatura é fator muito importante para induzir a floração da cerejeira. Provavelmente ela não conseguiria ser cultivada em outras regiões, como o Norte e Nordeste, onde as plantas têm outros fatores de sobrevivência que não as temperaturas menores", detalha o professor.

Sem frutos

Apesar da adaptação, diferentemente das cerejeiras japonesas, as árvores daqui não chegam a produzir o fruto característico da espécie. O "desfalque" pode ser explicado por vários fatores, entre eles a inexistência de polinização adequada.

Mesmo sem as cerejas, a árvore não perde a majestade assim tão simples. Fácil de ser encontradas em viveiros e floriculturas da cidade, as mudas da planta pedem um espaço condizente para crescer sem problemas. Plantá-las em lugar onde o Sol chega facilmente é indicado. Fora isso, podas comuns de vez em quando. Algum carinho também serve.

É importante ressaltar que não é qualquer jardim que tem estrutura para abrigar uma cerejeira. "Ela desenvolve um caule relativamente longo, entre 1 metro e meio e dois metros, e pode atingir de quatro a cinco metros, com uma copa larga que geralmente fornece bastante sombra. Mas é importante saber que no inverno ela perde bastante folha, o que pode incomodar algumas pessoas", ressalta Acra.

Incômodos à parte, a "injustiça" da natureza para com a sakura é conceder a ela tão pouco tempo de vida. Em no máximo 15 dias as flores da cerejeira desabrocham, vivem e morrem. Uma contemplação efêmera, mas sem perder a complexidade e o encanto. Como a vida da gente.

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