Floricultura ganha terreno na produção rural do PR

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A floricultura é ainda uma atividade incipiente no Paraná, com peso de apenas 0,11% no Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) do estado – índice que calcula a geração de riqueza no campo. O que chama atenção, no entanto, é o crescimento de 237% que esse setor registrou entre 1997 e 2004, quando atingiu um VBP de R$ 33,52 milhões. Nesse período, o número de municípios em que se desenvolve a atividade passou de 13 para 26.

Os dados são do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab). Em 2004, foram comercializadas mais de 5 milhões de unidades de flores e plantas, contra apenas 911 mil em 1997. Os dados referentes a 2005 ainda não foram computados, mas os técnicos estimam que deve ser mantida a variação média dos últimos anos.

Gilka Cardoso, responsável pelo cálculo do VBP, explica que os municípios começaram a investir nessa área porque existe um mercado garantido, inclusive com demanda interna, que hoje é suprida com produção de São Paulo. Além disso, trata-se de uma atividade com alta rentabilidade. Um hectare de flores pode render até R$ 100 mil, enquanto a mesma área com grãos tem uma renda entre R$ 1,5 mil e R$ 2 mil. A técnica do Deral ressalta que cultivar flores e plantas ornamentais requer investimentos altos – principalmente em estufas, sistema de irrigação e capacitação técnica.

A produção paranaense é comercializada basicamente no Ceasa, feiras livres e supermercados. Os produtores também abastecem as floriculturas. A maior demanda ocorre no Dias das Mães (maio), Dia dos Namorados (12 de junho), e Finados (2 de novembro).

Apesar do crescimento, a floricultura do Paraná ainda depende muito da produção de gramado, que responde por mais de um terço do valor final do VBP. Em 2004, foram comercializados mais de 7 milhões de metros cúbicos de grama, produção que gerou uma renda de R$ 12,7 milhões. O núcleo de Curitiba tem o maior VBP do estado, seguido pelo de Cascavel e o de Guarapuava.