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Apucarana – Um incêndio com causas ainda desconhecidas destruiu ontem uma empresa de reciclagem de borracha, situada próxima do centro de Apucarana (Região Norte do estado). Seis funcionários estavam na TDF Reciclagem de Borracha Ltda no momento em que o fogo começou, às 7h30, mas nenhum deles se feriu. A empresa estava operando há aproximadamente seis anos sem licenciamento do Instituto Ambiental do Paraná (IAP).

De acordo com funcionários, cerca de 300 toneladas de retalhos de borracha estavam estocados no pátio e no interior da empresa, apesar da recomendação do Corpo de Bombeiros para que os estoques de borracha não ficassem amontados. O fogo consumiu o barracão, maquinários e a borracha. O incêndio só foi controlado no início da tarde, mas equipes dos bombeiros continuaram fazendo rescaldo no local até a noite de ontem.

Uma contínua e densa nuvem preta de fumaça pôde ser vista em toda a cidade e até em municípios vizinhos. Empregados da TDF relataram aos bombeiros que o fogo teria começado pela "montanha" de retalhos de borracha que estava no pátio e se propagou rapidamente, atingindo o barracão.

Os prejuízos da empresa ainda não foram calculados e possíveis danos ambientais ainda não puderam ser avaliados. O proprietário da TDF, Cláudio Leboes, que é de Londrina, não compareceu à empresa ontem. Ele solicitou a um funcionário que fosse registrada uma queixa na polícia para apurar a hipótese de o incêndio ser criminoso.

Pelos registros, em proporção, este foi o maior incêndio da história de Apucarana. Centenas de pessoas acompanharam o trabalho dos bombeiros na recicladora, que ocupava quase um quarteirão no Jardim Apucarana.

Os dois únicos imóveis residenciais existentes na mesma quadra quase foram atingidos pelo fogo. Os proprietários ficaram indignados. "A gente sabia que um dia isso iria acontecer. Eu já havia reclamado no Corpo de Bombeiros e solicitado providências na prefeitura para que a empresa fosse tirada daqui", comentou o aposentado João Juday, 75 anos, que reside no local há 20 anos.

O mecânico Mizael Gabriel, 36 anos, por recomendação dos bombeiros, retirou todos os móveis, roupas e utensílios de sua casa com a ajuda de voluntários. "É preciso responsabilizar também quem permitiu que esta empresa continuasse no centro da cidade", disse. O mecânico acrescentou que por menos de dois metros as duas casas não foram atingidas. "Se o vento virasse não ia sobrar nada."

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