A falta de chuvas e a baixa umidade do ar dificultaram a ação do Corpo de Bombeiros e da Polícia Ambiental (Força Verde) no combate a dois grandes incêndios florestais, no fim de semana, na Serra do Mar e em Tijucas do Sul, na região metropolitana de Curitiba. Cerca de 300 alqueires de uma área de reflorestamento particular em Tijucas do Sul foram completamente destruídos desde a noite da última quinta-feira. Na Serra do Mar, a situação ontem era ainda pior. Boa parte do Morro do Getúlio, pertencente ao complexo do Parque Estadual Pico Paraná, já foi consumida pelo fogo, que se mantém desde a noite de sábado. Cerca de 70 soldados e voluntários trabalharam no combate ao incêndio na propriedade de Tijucas do Sul, enquanto cerca de 40 homens tentam apagar o fogo no Pico Paraná.
Durante a tarde de ontem, uma equipe da Força Verde sobrevoou de helicóptero as áreas para tentar identificar as regiões atingidas. Segundo o tenente Daniel Piculski, da Força Verde, o incêndio em Tijucas do Sul estava praticamente extinto. Já a situação na região do Pico Paraná continuava preocupante. "Não conseguimos nos aproximar muito por causa do forte nevoeiro e foi difícil dimensionar o tamanho do incêndio", explica. Agora, a preocupação do Corpo de Bombeiros e da Força Verde é não deixar que o fogo se alastre e atinja o Morro do Caratuva, que abriga antenas de transmissão. "O problema é que o acesso é muito difícil, são quase duas horas de caminhada", diz Piculski.
Falta de chuvas
Segundo o meteorologista do Instituto Tecnológico Simepar, Marcelo Brauer, a principal causa de incêndios como esse é a falta de chuvas. "Esse período que estamos passando, de mais ou menos dez dias sem chuva, faz com que a vegetação fique seca, contribuindo para o alastramento do fogo", comenta. A baixa umidade relativa do ar, conseqüência da falta de chuvas, dificulta ainda mais o controle do fogo. Na tarde de ontem, tanto em Tijucas do Sul como na região da Serra do Mar, assim como em Curitiba, foi registrado 40% de umidade relativa do ar, que corresponde a um nível regular, mas abaixo do ideal, de acordo com Brauer.
O meteorologista ainda afirma que praticamente todo o Paraná está em situação de risco de incêndio. Na região de Foz do Iguaçu, a baixa umidade relativa do ar e a falta de chuvas também deram trabalho aos bombeiros, que não conseguiram controlar focos de incêndio na Mata do Buba, que fica na Estrada Velha de Guarapuava, até o início da noite de ontem. A área de mata nativa fica perto do Parque Nacional do Iguaçu e começou a queimar por volta do meio-dia de domingo. Ontem, dois caminhões-pipa e seis bombeiros ainda estavam no local. Os bombeiros estão com dificuldades porque apesar de serem pequenos, os focos estão se espalhando facilmente.
Bolsonaro “planejou, dirigiu e executou” atos para consumar golpe de Estado, diz PF
PF acusa Braga Netto de pressionar comandantes sobre suposta tentativa de golpe
Governadores do Sul e Sudeste apostam contra PEC de Lula para segurança ao formalizar Cosud
Congresso segue com o poder nas emendas parlamentares; ouça o podcast
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora
Deixe sua opinião