• Carregando...
Várias viaturas e 43 bombeiros trabalharam no local para conter as chamas, que afetaram cerca de 30 mil pessoas | Fotos: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Várias viaturas e 43 bombeiros trabalharam no local para conter as chamas, que afetaram cerca de 30 mil pessoas| Foto: Fotos: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Perícia

Fogo começou no meio do barracão; causas são investigadas

O fogo que destruiu o depósito da Electrolux começou por volta das 4 horas da madrugada de ontem. Ainda não se sabe o que causou o incêndio, mas as causas devem começar a ser investigadas assim que as chamas forem totalmente contidas.

O Corpo de Bombeiros informou que o Certificado de Vistoria, necessário para o funcionamento da empresa no local, está em dia. A autorização de funcionamento concedida à Electrolux tem validade até o ano que vem.

As chamas começaram bem no meio do barracão de 40 mil metros quadrados que era usado para o depósito de refrigeradores, segundo o major Edson Manassés, coordenador do trabalho de combate ao incêndio. Oitenta funcionários trabalhavam no local quando o fogo começou, mas todos conseguiram sair sem ferimentos.

A equipe de 12 brigadistas da empresa Electrolux tentou conter as chamas no início e oito deles foram encaminhados para serem examinados no Hospital Santa Cruz. Desses, cinco precisaram de atendimento especial por causa da quantidade de fumaça inalada.

A empresa não informou o tamanho do prejuízo. O fogo consumiu praticamente todo o imóvel.

Um incêndio destruiu totalmente o depósito da fabricante de eletrodomésticos Electrolux, ontem, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC). Cerca de 30 mil pessoas tiveram sua rotina alterada pelo fogo, segundo estimativa da Defesa Civil. Entre elas estão moradores, trabalhadores e alunos de escolas da região. Segundo o Corpo de Bombeiros, quem frequenta regiões que ficam dentro de um raio de três quilômetros do local do incêndio deve se afastar para não inalar a a fumaça tóxica que foi dispersada pelo vento e contribuiu para o aumento do número de afetados.

Os médicos Rodrigo Schurt e Alexandro Ziliotto, da Unidade de Saúde Moradias da Ordem, informaram que não receberam informação sobre o tipo de material que foi queimado no depósito. Apesar de todos os atendimentos seguirem um procedimento-padrão, esse dado é necessário para o melhor tratamento dos atingidos pela fumaça.

Uma fuligem preta se acumulou nas casas e poças de água da região. Os médicos alertam que a inalação do material é perigoso e eles acreditam que pessoas vão comparecer nas unidades de saúde a partir de hoje com sintomas de pneumonia química.

Até o final da tarde de ontem, 46 bombeiros trabalhavam no local para conter as chamas, que só devem ser completamente extintas hoje. Ainda não há previsão de quando será seguro para os moradores retornarem às suas casas, já que o vento instável não ajuda a dissipar a fumaça. Segundo a tenente Tamires, dos Bombeiros, se voltar a chover hoje, pode ser que a situação melhore.

Das 30 mil pessoas afetadas, apenas 42 haviam se dirigido ao Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Santa Rita até as 18 horas, de onde saíram ônibus que as levariam a dois abrigos. "Muitos moradores não querem sair de suas casas, mas, caso alguém mude de ideia, a Defesa Civil estará de prontidão para conduzi-las aos abrigos", informou o inspetor João Batista dos Santos, coordenador técnico da Defesa Civil. A PM garantiu que, para manter a segurança das casas e evitar supostos saques, o policiamento foi reforçado.

Procurada pela reportagem, a Electrolux informou que trabalha em conjunto com a Defesa Civil e os Bombeiros para conter a situação e minimizar os impactos na região. A empresa informa que "está disponibilizando unidades de saúde e assistência social" aos moradores.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]