O proprietário da Funerária Bom Jesus, Pedro Zenti, admite que houve uma falha da funerária no enterro do motoboy Jorge Júnior Votecoski, já que o funcionário responsável por levar a guia de sepultamento até o Cemitério do Abranches esqueceu o horário do enterro. "Foi um mal-entendido. Mas esse é um fato raríssimo, um caso isolado". Outra explicação para o erro, segundo o proprietário da Funerária Almirante Tamandaré, Leandro Dalke, foi o fato de Votecoski ter sido velado em uma cidade e enterrado em Curitiba. "Pedi para a funerária de Curitiba trazer o corpo para realizarmos os serviços disponíveis do plano funerário, que a família pagava. Preparamos o corpo e fizemos todo o serviço, mas a documentação era responsabilidade deles (Bom Jesus). Na hora do enterro ficou parecendo culpa nossa, mas não foi".
Dalke afirma que o horário do velório foi cumprido sem atrasos por sua empresa e que o enterro não atrasou mais de uma hora, como afirma a família. "Isso não procede. Demorou no máximo 30 minutos, que foi o tempo de entrarmos em contato com a empresa de Curitiba, que trouxe o documento".
Sobre as afirmações da viúva Regiane Lechenacoske, de que as funerárias poderiam estar disputando o atendimento para se beneficiar do valor do seguro DPVAT, as duas empresas negam. Os proprietários das funerárias Almirante Tamandaré e Bom Jesus salientam que combatem esse tipo de prática. "Isso (o seguro) é algo da família. Não fazemos nenhum serviço que seja ligado com o valor do DPVAT. Na funerária, inclusive, temos cartazes sobre como proceder para retirar o valor e alertas de que os familiares não devem aceitar ajuda de terceiros que não conheçam", diz Zenti.
Dalke ressalta que orientou a família de Votecoski sobre o DPVAT. "Em nenhum momento teve briga pelo seguro. Isso é mentira. Eu conversei com a família para que eles não assinassem nenhum documento sem ler atentamente. O erro grosseiro que ocorreu foi o fato de a guia de sepultamento não estar lá no horário combinado".
