O Paraná é o estado que mais abriga membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), excluindo a base da organização, que é paulista de origem. Segundo dados do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), atualmente há 626 membros da facção no estado, dos quais 545 estão presos. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (11) pelo jornal O Estado de S. Paulo. Os principais motivos para a presença do grupo no Paraná, de acordo com a pesquisa, são o histórico de líderes terem sido trazidos para o estado nos anos 1990, para cumprimento de pena, e o fato de as estradas paranaenses servirem de rota para o tráfico de drogas entre São Paulo e o Paraguai, onde se encontra um dos maiores fornecedores de cocaína para a organização criminosa.

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O MP-SP baseou os números em uma investigação de três anos e meio, a partir de documentos apreendidos com o PCC e escutas telefônicas. Depois do Paraná, o estado com mais integrantes da quadrilha é o Mato Grosso. Segundo a reportagem do jornal, são 558 integrantes - dos quais 469 estão em penitenciárias e 89 são foragidos.

Investigação denuncia 175 integrantes do comando

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Depois de três anos e meio de investigação, o MP-SP concluiu o maior mapeamento da história do crime organizado no país, com um raio X do PCC. Por fim, denunciou 175 acusados e pediu à Justiça a internação de 32 presos no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) - entre eles, toda a cúpula, atualmente detida em Presidente Venceslau.

As provas reunidas pelos promotores do Grupo Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) permitiram a construção de um retrato inédito e profundo da maior facção criminosa do Brasil. Os promotores reuniram escutas, documentos, depoimentos de testemunhas e informações sobre apreensões de centenas de quilos de drogas e de armas.