Campo Grande Dois acusados na Operação Xeque-Mate podem ser a chave para a condenação dos principais acusados, entre eles o ex-deputado estadual paranaense Nílton Cézar Servo, Jamil Name e Dario Morelli Filho. A Polícia Federal de Mato Grosso do Sul passou o fim de semana cruzando dados para chegar a essa conclusão. Um deles é o ex-deputado estadual, federal e candidato ao governo de Mato Grosso do Sul, Gandi Jamil Georges. O outro é Raimundo Romano, alto executivo da Multiplay, que fornecia máquinas caça-níqueis para os "empresários" do setor. Romano e Gandi são os únicos foragidos, da lista de seis procurados com prisão provisória decretada pelo juiz da 5.ª Vara da Justiça Federal do MS, Dalton Igor Kita Conrado.
As ligações dos dois foragidos com Servo levaram as investigações para o Cassino Amambay, situado na vizinha cidade de Ponta Porã (MS), em Pedro Juan Caballero, no Paraguai. A casa de jogos tem como um dos proprietários Fahd Jamil Georges, irmão de Gandi, que está condenado por sentença do juiz federal Odilon de Oliveira a 25 anos de cadeia por lavagem de dinheiro e tráfico de drogas, principalmente.
Fahad é procurado pela Interpol e tem fotos fixadas nos locais mais movimentados do Paraguai.
A PF investiga quanto fatura e a destinação de todo dinheiro que sai do Cassino Amambay.
Gandi teve a prisão provisória solicitada pelo juiz Dalton Conrado com base em escuta telefônica, onde o filho de Jamil Name, Jamil Name Filho, cobrava de Gandi uma dívida de R$ 80 mil.
Existem suspeitas de que "empresários" brasileiros que exploram jogos clandestinos investiram altas somas no Cassino Amambay.
A PF conta com a colaboração dos acusados para esclarecer esse envolvimento. Andrei Cunha, que foi gerente de casa de bingo de Nílton Servo, passou a ser um dos colaborados a partir do momento em que aceitou o benefício da "delação premiada".
O advogado de Cunha, Marcelo Dib, está preocupado com a segurança de Cunha e pedirá proteção policial para ele nesta semana.