A Régis Bittencourt, que liga São Paulo a Curitiba, e o trecho sul da BR-116 que vai de Curitiba até a divisa de Santa Catarina com o Rio Grande do Sul são os outros dois trechos que deveriam ir leilão hoje que passam pelo território paranaense. No geral, as duas rodovias se encontram em bom estado de conservação. Porém, segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit), as vias possuem alguns pontos críticos.
Na avaliação do Dnit, dois trechos da Régis Bittencourt são considerados vias em bom estado de conservação. Os outros cinco pontos em que estão divididos os 401,6 quilômetros da pista apresentam buracos, deslizamento de aterro e locais interditados devido a obras.
Embora seja duplicada em quase toda sua extensão, o número de acidentes na rodovia é impressionante. De janeiro a outubro deste ano foram registrados cerca de 3 mil. Apenas no trecho de São Paulo até Curitiba, foram contabilizados 416 acidentes. O chefe da assessoria de comunicação da PRF de São Paulo, Edson Varanda, afirma que "a Régis Bitencourt é uma pista de traçado antigo, que não está preparada para a velocidade que os veículos atuais podem atingir e por isso perigosa".
O trecho sul da BR116 também possui um número alto de acidentes. A via, que passa por Fazenda Rio Grande e Mandirituba, cidades da Região Metropolitana de Curitiba, contabilizou de janeiro a setembro deste ano 515 acidentes. O ponto mais crítico é o que vai de Curitiba a Mandirituba. "Esse trecho tem um grande movimento o que ocasiona muitos acidentes", comenta o inspetor adjunto da 1.ª delegacia da Polícia Rodoviária Federal, Marcos Negrão.
Desde o início de 2007, o Dnit realiza obras de reparação na via. A sinalização vertical e horizontal foram renovadas e a situação da pista é considerado normal. Mas do ponto que se inicia na Central de Abastecimento (Ceasa) de Curitiba até o Rio Grande do Sul a BR-116 é de pista simples. O contrato de licitação desta via prevê a duplicação da pista como uma das tarefas para a empresa que ganhar o direito de exploração do trecho.