Soldados da Força Nacional de Segurança chegaram em Santa Catarina por volta da 1h30 deste sábado (4). Segundo a assessoria de imprensa do governo do estado, os soldados ajudaram na transferência de 21 presos, que saíram de várias unidades prisionais do estado. O avião que levou os detentos para penitenciárias federais decolou de Florianópolis por volta das 8h30. De acordo com a assessoria, os detentos são vinculados a facções criminosas.
A Força Nacional apoiará a ação das polícias Federal e Rodoviária Federal no estado, na Operação Brasil Integrado, Bravo Cidadão. Em coletiva, no quartel do Comando-Geral da Polícia Militar de Santa Catarina, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que não poderia dar mais detalhes sobre a operação, nem o tamanho do efetivo, mas, se for necessário, serão enviados mais soldados à Santa Catarina, segundo informou a assessoria do governo estadual.
A ideia é fazer um cinturão para fechar o estado, impedindo que armas e drogas entrem em Santa Catarina. De acordo com a assessoria de imprensa, para auxiliar nas ações de fiscalização, o governo do Rio Grande do Sul cedeu um helicóptero com câmara avançada que ficará no estado o tempo que for necessário. Os ataques criminosos começaram no dia 26 de setembro. Mais de 50 pessoas foram detidas por participação nos atentados.
Reunião entre o ministro e o governador de SC
Ontem, Cardozo confirmou o envio das tropas da Força Nacional para Santa Catarina. A confirmação do ministro ocorreu três dias após o secretário estadual de Segurança Pública, César Grubba, recusar a oferta do Ministério da Justiça de enviar as tropas ao estado.
Cardozo se reuniu com o governador em exercício de Santa Catarina, Nelson Schaefer Martins, na noite de ontem (3), em Florianópolis, para discutir ações de combate à onda de ataques a ônibus, delegacias e postos policiais que ocorrem em vários municípios.
De acordo com a Polícia Militar, na sexta-feira (3) foi presa uma mulher de 27 anos que tinha cartas de uma facção criminosa e caderno de contabilidade. Depois, foi preso o marido dela, César Fernando Virgílio de Oliveira, chamado de Imperador. No carro em que ele estava, havia recipiente com combustível.
Na manhã deste sábado, a Polícia Civil também efetuou mais sete prisões relacionadas aos atentados, por meio de cumprimentos de mandados de prisão.