Brasília - O ministro da Justiça, Tarso Genro, autorizou o emprego temporário da Força Nacional de Segurança em apoio à Polícia Federal na execução do Plano Nacional de Atuação nas Áreas de Fronteira. Com a autorização, que está em portaria publicada ontem no Diário Oficial da União, a Força Nacional e a PF atuarão em conjunto no combate ao tráfico de drogas e armas e saída irregular de riquezas em áreas de 11 estados brasileiros que fazem fronteira com outros países.
De acordo com a portaria, os estados em que será executado o Plano Nacional são Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima e Santa Catarina. O total de policiais que o Ministério da Justiça colocará à disposição do Plano será definido pelos órgãos envolvidos. A duração da participação da Força Nacional será por 120 dias, prazo que poderá ser prorrogado.
Foz do Iguaçu
Desde o fim de dezembro, integrantes da Força Nacional já estavam na região de Foz do Iguaçu a primeira missão da tropa foi proteger o Veículo Aéreo Não Tripulado (Vant), uma aeronave espiã usada para rastrear pontos de contrabando e tráfico na região, guardada em uma base criada pela Polícia Federal no Aeroporto de São Miguel do Iguaçu, a 45 quilômetros de Foz.
No entanto, depois de uma autorização da Secretaria Nacional de Segurança Pública, 30 integrantes da Força Nacional também passaram a colaborar com a Polícia Federal em Foz na fiscalização e na repressão a crimes cometidos na fronteira.
De acordo com informações prestadas pela secretaria no fim de janeiro, a tropa ajuda a PF no combate ao tráfico de drogas e armas, à entrada de produtos ilícitos e à saída irregular de riquezas, e também fornece apoio operacional. No entanto, os membros da Força Nacional não podem atuar por conta própria devem estar sempre acompanhados por uma equipe da PF.
Segundo a Superintendência da Polícia Federal no Paraná, a atuação da Força Nacional em conjunto com a PF ocorre no Lago de Itaipu, na Ponte da Amizade (que liga Brasil ao Paraguai), na Ponte Tancredo Neves (ligação do Brasil com a Argentina), e nas estradas da região. Em Foz, o comando da Força Nacional está instalado em uma sala na Delegacia da Polícia Federal. Antes da decisão do ministro Tarso Genro, o efetivo permaneceria na região até 24 de fevereiro.
Solicitação
Em 2007, os vereadores de Foz do Iguaçu chegaram a aprovar um requerimento solicitando a atuação da Força Nacional no combate à criminalidade na região. O requerimento foi entregue ao ministro da Justiça, mas o governador Roberto Requião, único gestor público que poderia solicitar o envio da tropa ao Paraná, disse não ver necessidade do uso da Força Nacional.
Composta por 10 mil soldados, a Força Nacional é formada por policiais e bombeiros de elite indicados pelos estados. O grupo age apenas em situações emergenciais e quando é solicitado oficialmente pelo governador do estado ou enviado pelo ministro da Justiça. Antes das missões atuais na fronteira e protegendo o Vant, a Força Nacional havia atuado apenas uma vez no Paraná: em setembro de 2008, para evitar rebeliões no presídio de segurança máxima de Catanduvas durante uma greve de agentes penitenciários.
Colaborou Gabriel Azevedo, da sucursal de Foz do Iguaçu.
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