O secretário Nacional de Segurança Pública, Ricardo Balestreri, disse hoje em Maceió que a Força Nacional vai trabalhar na investigação sobre as mortes de moradores da rua em Alagoas. Este ano 31 moradores de rua foram assassinados no Estado. Deste total, um foi morto no município de Arapiraca e 30 foram executados na capital alagoana. Segundo Balestreri, além dos 45 policiais de outros Estados que estão em Alagoas há uma semana, 10 homens da Força Nacional devem reforçar o trabalho realizado desde sexta-feira da semana passada.
"Recebi o pedido de reforço na equipe para o andamento das apurações. Alagoas é prioridade nos projetos e ações dentro do Ministério da Justiça", afirmou Balestreri. Ele esteve em Maceió para participar da 38ª Reunião do Colégio Nacional de Secretários de Segurança Pública, que começou ontem e terminou hoje. Em entrevista coletiva, Balestreri disse que a série de assassinatos é preocupante e é preciso investigar se há um grupo de extermínio atuando contra os moradores de rua.
Questionado sobre a suposta participação de policiais civis nos crimes, Balestreri afirmou que a possibilidade não está descartada. "Nenhuma linha de investigação está afastada. Caso seja provada a participação de homens da segurança pública, todos as medidas legais serão tomadas", disse ele.
Três policiais civis foram indiciados por envolvimento na morte de um morador de rua em Maceió. Luiz Carlos Albuquerque, Gerson Barros Pituba e José Alves dos Santos tiveram a prisão preventiva solicitada pelo Grupo de Combate a Organizações Criminosas (GCOC) pelo assassinato de um flanelinha, ocorrido em 21 de maio deste ano. O ex-policial civil Miguel Rocha Neto está preso, acusado de ter assassinado um morador de rua no bairro do Farol.