| Foto: DANIEL CASTELLANO/Gazeta do Povo

Em meio a uma crise de segurança pública, o Rio Grande do Sul recebe neste domingo (28) as primeiras equipes da Força Nacional, enviadas para reforçar o policiamento no estado.

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Os policiais foram deslocados do Rio de Janeiro, onde atuavam na Olimpíada, para o Sul ainda na sexta-feira (26), quando o presidente interino Michel Temer (PMDB) aceitou o pedido do governador José Ivo Sartori (PMDB) para o envio das tropas.

A equipe de 120 pessoas iria trabalhar na Paraolimpíada do Rio. Agora, atuará no policiamento ostensivo em Porto Alegre, junto com policiais militares.

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Em crise financeira, o Estado tem atrasado salários de servidores, inclusive de policiais, e enfrentado alta nos índices de criminalidade.

Policiais militares e civis tiveram os salários parcelados, algumas vezes em parcelas menores que o salário mínimo. O efetivo diminuiu, e Sartori chegou a cortar o combustível para os carros da polícia.

Na noite desta quinta-feira (25), o secretário de Segurança, Waltuir Jacini, deixou o cargo depois de mais um latrocínio (roubo seguido de morte) em Porto Alegre, tipo de crime que subiu 35% no primeiro semestre deste ano em relação a igual período de 2015 -- de 66 para 89 ocorrências.

Sartori diz que a crise da segurança “vem de longo tempo, de outras circunstâncias”. Ele anunciou, após a demissão do secretário, a criação de um “gabinete de crise”, capitaneado pelo seu vice, José Paulo Cairoli (PSD).

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Presídios

A intenção inicial era que a Força Nacional reforçasse o policiamento dos presídios do Estado, cuja população aumentou cerca de 15% no último ano -- atualmente, são 34 mil detentos.

Após reunião com o comando da Força, porém, ficou estabelecido que os soldados vão atuar nas ruas.

O governador Sartori também pediu ajuda de Temer para comprar equipamentos, armamentos e construir um presídio na capital gaúcha. Ainda não houve resposta.

Os 120 homens da Força Nacional estarão nas ruas de Porto Alegre a partir desta segunda (29), por tempo indeterminado.

Norte

Também em crise na segurança, após uma onda de ataques a ônibus e postos policiais, o Rio Grande do Norte era outro que havia solicitado ao governo federal o envio de tropas da Força Nacional ao Estado.

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Nesta terça (23), homens das Forças Armadas, que ajudavam no policiamento local, deixaram o Estado após três semanas de atuação.

O governador Robinson Faria (PSD) enviou um ofício ao governo federal no mesmo dia, mas ainda não obteve resposta. O Estado anunciou que reforçaria o policiamento da PM em pontos turísticos, corredores de transporte público e áreas comerciais.

Até o início da semana, o Ministério da Defesa argumentava que as Forças Armadas e a Força Nacional estavam envolvidas em “operações de garantia da lei e da ordem” nos Jogos Olímpicos.