Com o agravamento da crise da segurança pública no Rio Grande do Sul, o presidente interino, Michel Temer (PMDB), atendeu o pedido do governador José Ivo Sartori e determinou o deslocamento para o estado gaúcho de homens da Força Nacional, que atuariam na Paraolimpíada do Rio de Janeiro.
Nos últimos dias, uma médica foi assassinada na capital, um triplo homicídio ocorreu em Alvorada e um homem foi executado no Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). No final da tarde de ontem, uma mulher aguardava o filho do lado de fora da escola quando foi vítima de latrocínio.
Em reunião nesta sexta-feira (26), no Palácio do Planalto, o peemedebista comunicou que, em um primeiro momento, serão enviados cerca de 200 homens até o final de semana para a região metropolitana de Porto Alegre, que atravessa uma escalada de crimes urbanos.
A intenção é que o efetivo reforce a segurança em presídios, o que permitirá a liberação de um maior contingente de policiais militares para atuarem em monitoramento e repressão nas ruas. Sartori pediu também a construção de uma penitenciária federal no estado, para aliviar o problema de superlotação dos presídios e delegacias estaduais.
Nesta quinta-feira (25), o secretário da Segurança do Rio Grande do Sul, Waltui Jancini, pediu exoneração do cargo. Há sete meses consecutivos, o governador José Ivo Sartori tem dado calote nos salários dos servidores estaduais, incluindo os policias, que têm recebido o salário parcelado.
Os latrocínios aumentaram 34% no primeiro semestre no Rio Grande do Sul em relação ao mesmo período do ano passado. Os crimes desse tipo saltaram de 66 para 89, segundo dados divulgados pelo governo estadual no início deste mês.
O ex-governador Tarso Genro (PT), apontado indiretamente por Sartori como responsável pela crise das finanças, não parcelou os salários na sua gestão.
Assassinato de mulher que ia buscar filho gera crise
Uma mulher que buscava o filho na escola foi assassinada em um assalto na tarde da quinta-feira (25) em Porto Alegre. O crime foi o estopim para que o secretário Wantuir Jacini pedisse exoneração. Um suspeito pelo latrocínio foi preso, e outros dois são procurados pela polícia.
O latrocínio aconteceu por volta das 18 horas desta quinta-feira, quando a vítima estava em companhia da filha adolescente. Cristiane Fonseca, de 44 anos, dirigia um carro próximo ao Colégio Salesiano Dom Bosco, na zona norte da capital gaúcha, quando três assaltantes se aproximaram em outro veículo.
Antes de exigirem a entrega dos pertences dela, o grupo teria cometido pelo menos outros seis assaltos semelhantes nas imediações, enquanto mantinham o dono do automóvel que dirigiam como refém. Minutos após o assassinato, os bandidos abandonaram o veículo e outros pertences e soltaram o refém, que procurou a polícia e ajudou na identificação dos suspeitos.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Alexandre Vieira, há versões de testemunhas de que a vítima teria sido morta após tentar fugir ou tirar o cinto de segurança, mas a informação é tratada como “irrelevante” pela polícia.
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