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Todos os 110 homens da Força Nacional enviados ao Mato Grosso do Sul para evitar conflitos entre índios e fazendeiros já estão em Campo Grande, capital do estado. Nesta quinta-feira, representantes da Polícia Militar e da Força Nacional se reúnem com lideranças indígenas, em Sidrolândia, para explicá-los como será a operação. Segundo o comandante-geral da Polícia Militar em Mato Grosso do Sul, coronel Carlos Alberto David, somente depois essa reunião é que as equipes da Força Nacional irão para o município. A princípio, os agentes da Força Nacional ficarão nas estradas para monitorar os pontos de acesso às aldeias e fazendas da região. A operação foi batizada de Unati Vapeia Neun (Paz no Campo).

"Eles não vão trabalhar com reintegração, a nossa maior intenção é levar tranquilidade para a região e restabelecer a cordialidade entre indígenas e produtores", explicou o comandante.

Lideranças indígenas do povo Terena também se reúnem hoje com os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, em Brasília. O objetivo do encontro em Brasília é buscar uma solução para que os índios deixem as fazendas ocupadas na região de Sidrolândia (MS) e Aquidauana (MS).

Ontem, a Justiça Federal suspendeu a desocupação da fazenda Buriti, em Sidrolândia (MS). A área está ocupada por índios terena desde maio. Após serem expulsos em conflito com a polícia que resultou na morte do indígena Oziel Gabriel, de 36 anos, os terena invasiram novamente a fazenda.

A área está sendo reivindicada pelos índios em um processo que já dura 13 anos. A terra indígena Buriti foi reconhecida em 2010 pelo Ministério da Justiça como de posse permanente dos terena.

A área de 17,2 mil hectares foi delimitada, mas a portaria, publicada no Diário Oficial da União, ainda não foi homologada pela Presidência da República.

Em 2004, a Justiça Federal declarara que as terras pertenciam aos produtores rurais. A Funai e o Ministério Público Federal recorreram. Em 2006, o TRF declarou a área como de ocupação indígena. Produtores rurais recorreram e conseguiram decisão favorável em junho de 2012.

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