O presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão (PSDB) vai começar a discussão sobre o salário mínimo regional na próxima segunda-feira. As primeiras entidades que terão espaço durante a sessão no plenário são a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) e a Força Sindical.

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De acordo com Hermas, a proposta só deverá ser votada depois de apresentadas as posições das entidades patronais e trabalhistas. "A Assembléia é uma casa democrática e vai abrir espaço para que todos os setores discutam e opinem sobre este diferencial, evitando assim que a implantação seja feita de forma impositiva", disse. O projeto de lei, de autoria do governo do estado, estabelece um teto estadual de R$ 437,50.

Nesta quarta-feira, 20 lideranças de entidades sindicais patronais ligadas à indústria se reuniram com Hermas Brandão, para pedir a rejeição ao projeto proposto pelo governador Roberto Requião. Segundo os representantes da indústria, a lei, caso seja aprovada, pode trazer "graves conseqüências sociais" para o estado, como o aumento do desemprego e da informalidade.

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Impacto

O presidente do Conselho Regional de Economia do Paraná (Corecon-PR), o economista Sérgio Hardy, criticou a polêmica criada em torno da proposta de criação do salário mínimo regional. "As manifestações que alardeiam o desemprego e o fechamento de empresas não encontram respaldo nas experiências e nos dados das economias que já adotaram o piso regional", disse. "Em 2001, os estados do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul adotaram a medida e não há registro e divulgação de crescimento do desemprego e de falência", completou.

Nesta quarta-feira também foi criado um comitê com representantes de trabalhadores, estudantes e movimentos populares, que pede a votação imediata do projeto do salário mínmo estadual. Leia no site da versão impressa da Gazeta do Povo (conteúdo exclusivo para assinantes).