Confira os trechos considerados mais sujeitos a nevoeiros no estado
BR 376 - Alto da SerraBR 277 - TaquariBR 116 - São Luiz do PurunãBR 153 Trevo do Horizonte (próximo a Pato Branco)BR 373 - Ponta Grossa com Ipiranga (próximo ao Rio Tibagi)BR 369 - próximo ao Rio Iguaçu BR 277 - Entre Medianeira e MatelândiaBR 163 Entre Toledo e Marechal Cândido RondonBR 376 - Serra do Cadeado
Como se formam os nevoeiros?
O meteorologista do Instituto Tecnológico Simepar Lizandro Jacóbsen explica que há duas condições básicas para formar o nevoeiro: umidade e resfriamento noturno. Por isso, quando a temperatura cai e a umidade está mais forte, as chances de que o dia amanheça com névoas são fortes.
"Normalmente, a temperatura diminui com a altura, por isso é mais comum a ocorrência desse fenômeno em áreas de serra e fundos vale, como é o caso de Curitiba e região metropolitana", explica Jacóbsen.
A ocorrência de nevoeiros é típica do outono, e a intensidade e a duração do fenômeno estão diretamente associadas ao padrão de tempo predominante no local.
Com a chegada do tempo frio, a formação de nevoeiros se intensifica em algumas regiões do estado, o que pode prejudicar a visibilidade dos motoristas que trafegam pelas rodovias mais afetadas pelo fenômeno. Por isso, todo o cuidado é pouco na hora de pegar a estrada, alerta a Polícia Rodoviária Federal do Paraná (PRF-PR). De acordo com a corporação, o Paraná possui nove trechos considerados mais críticos quando o problema é o nevoeiro. Entre eles estão o Alto da Serra, na BR-376, entre Curitiba e o Litoral de Santa Catarina; e a região de São Luiz do Purunã, na BR-277. (Veja lista completa no box ao lado).
Wilson Martinez, chefe da comunicação social da PRF-PR, explica que a lista foi definida por um levantamento realizado pela corporação conforme a indicação dos nevoeiros como causa de acidentes em todo o estado. Ainda que as estatísticas da polícia não apontem um aumento considerável no número de acidentes nessa época do ano, a entidade também não nega que os problemas nas estradas aumentam com a chegada do fenômeno.
"Acontecem sim acidentes por causa dos nevoeiros. O fenômeno se torna muito perigoso nas rodovias se não forem tomados certos cuidados. Quando o motorista se depara com um nevoeiro forte, se assusta e freia o carro. O veículo que vem atrás também não vê e, dependendo da velocidade com que vem, pode causar colisões mais graves", explica Martinez.
Por isso, de acordo com a PRF, fiscalizações de velocidade, ultrapassagem proibida e alcoolemia são intensificadas nos pontos mais atingidos pela umidade condição básica para gerar os nevoeiros. Na BR-277, entre Curitiba e as praias do Paraná, painéis de mensagem posicionados ao longo da rodovia alertam os motoristas sobre a presença de nevoeiros, informou a Ecovia, concessionária responsável pelo trecho. Além disso, o Grupo EcoRodovias, do qual a concessionária faz parte, criou um guia prático que ajuda o motorista a dirigir na neblina. O material está disponível no site do grupo.
"Sendo um fenômeno climático não tem o que fazer para evitá-lo. Por isso, a primeira grande linha de trabalho da concessionária é a informação. É sempre muito importante que o motorista saiba quando ele vai adentrar um trecho em que vai encontrar uma condição adversa e não ser pego de surpresa por isso", complementa Marcelo Belão, gerente de atendimento ao usuário da Ecovia.
Atenção
A atenção do condutor também é imprescindível para evitar desastres na estrada. Com a visibilidade reduzida por causa da neblina, a PRF orienta que os motoristas dirijam com a luz do farol em intensidade baixa, reduzam a velocidade do automóvel e mantenham uma distância maior em relação ao automóvel que trafega em frente.
Se as condições forem extremas, o conselho é procurar um local seguro para estacionar o veículo. Unidades Operacionais da Polícia Rodoviária Federal, os postos de Serviço de Atendimento ao Usuário (SAUs) das concessionárias, postos de gasolina, pousadas ou restaurantes de rodovias são uma boa opção. "O motorista jamais deve parar sobre a pista ou no acostamento, porque pode ser atropelado por outro motorista que tenha a visibilidade prejudicada", alerta Martinez.
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