Brasília - O governo brasileiro deixou claro ontem que vai exigir contrapartidas do país que vencer a licitação do trem-bala entre São Paulo e Rio de Janeiro, projeto de R$ 34,6 bilhões que deverá ser concluído até a Copa do Mundo de 2014. Logo depois de observar o lobby do ministro de Assuntos Exteriores da Espanha, Miguel Angel Moratinos, em favor de duas companhias de seu país, o chanceler Celso Amorim imediatamente cobrou a abertura do mercado europeu às empreiteiras brasileiras.
"Nossas empresas de construção enfrentam obstáculos para atuar em obras na União Europeia, em contradição com a presença de companhias espanholas na construção e gestão de rodovias brasileiras", disse Amorim. "Quando se encontra um mercado fechado, há sempre a tendência de adotar uma atitude de reciprocidade, embora isso não seja positivo para nenhum dos lados", lembrou.
Moratinos desembarcou na noite de quarta-feira em Brasília à frente de uma missão de representantes de 20 empresas espanholas. Entre elas estavam a Companhia Auxiliar de Ferrovias (CAF) e a Talgo, ambas fabricantes de trens de alta velocidade.
Além da Espanha, concorrem pela instalação do trem-bala no trajeto de São Paulo ao Rio de Janeiro, que deve se estender a Campinas (SP) em uma segunda fase, pelo menos outros três países Itália, Japão e Coreia do Sul. A licitação envolverá também a transferência de tecnologia.
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