Foz do Iguaçu A quantidade cada vez maior de mulheres presas na região de Foz do Iguaçu (Oeste do estado) vai garantir à cidade a primeira penitenciária feminina do interior do Paraná. Conhecido corredor do tráfico de drogas, que entram no país pela fronteira com o Paraguai, a região deve receber a nova unidade prisional num prazo mínimo de dois anos. As garantias foram dadas nesta semana pelo chefe da Casa Civil do governo do estado, Rafael Iatauro, e pelo secretário estadual da Justiça e da Cidadania, Jair Ramos Braga.
Com capacidade prevista para abrigar 300 mulheres, todas condenadas pela Justiça, a penitenciária custará R$ 7 milhões. A maior parte dos recursos, cerca de 80%, será financiada pelo governo federal. Além dos 20% restantes, o Estado deverá arcar também com a implantação e manutenção de programas de ressocialização. A assessoria de imprensa da Casa Civil adiantou que já foi dado início ao processo de desapropriação do terreno para a construção do complexo.
A área fica próxima da Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu, exclusivamente masculina, e da Cadeia Pública Laudemir Neves, onde está sendo construída a Casa de Custódia. Ainda não há previsão para o começo das obras.
O presídio atenderá principalmente a demanda da região. Em Foz do Iguaçu, por exemplo, a cadeia pública abrigava ontem 106 presas, destas, 15 são paraguaias e uma é argentina. Seguindo a rota do tráfico pela BR-277, a delegacia de Medianeira, a 75 quilômetros da fronteira, conta com mais 12 presas, sete já condenadas. Atualmente o estado dispõe apenas de uma unidade exclusiva para mulheres, a Penitenciária Feminina de Piraquara, na região metropolitana de Curitiba, com capacidade para 342 sentenciadas.