Foz quebra protocolo do Ministério da Saúde

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Foz do Iguaçu - Médicos de Foz do Iguaçu optaram por não esperar o agravamento do quadro gripal de pacientes para indicar o uso do medicamento Tamiflu. A decisão foi tomada com base na observação de infectologistas e no monitoramento diário da doença feito pela rede de saúde. O Ministério da Saúde recomenda que o remédio seja ministrado em pacientes que apresentem sintomas graves de gripe nas primeiras 48 horas e que façam parte de grupos de risco.

No entanto, em Foz do Iguaçu, os infectologistas observam que alguns pacientes sadios e que não fazem parte de grupos de risco apresentam casos graves a partir do terceiro ou quarto dia de gripe. Por isso decidiram antecipar o uso do remédio. Pelo menos 40% dos pacientes internados e que apresentam casos graves não se enquadram no grupo de risco.

O secretário municipal de Saúde de Foz do Iguaçu, Luiz Fernando Zarpelon, diz que o município está respeitando a decisão dos médicos. "Nós entendemos que a prescrição do medicamento é uma decisão do médico. Eu não posso, como gestor do sistema, modificar o que o médico prescreve", diz.

Segundo Zarpelon, os médicos da cidade estão em contato com profissionais de outros centros, incluindo Curitiba e São Paulo, e observam que há um consenso quanto a este procedimento.

Relatórios feitos por duas infectologistas da cidade, que lidam diariamente com o tratamento da pandemia, indicam o uso precoce do Tamiflu para 100% das pessoas com quadro gripal. O uso antecipado do remédio em qualquer paciente, conforme as observações e experiências das médicas, tem contribuído para diminuir a necessidade de internação e complicações causadas por doenças respiratórias agudas graves, seja influenza ou não.

Ainda ontem, foi criada em Foz do Iguaçu uma unidade especial para atender gestantes gripadas. A prefeitura também anunciou a suspensão das aulas até o dia 10. As creches funcionarão em regime de plantão. Um ônibus adaptado com um consultório estará disponível no município.