Foz do Iguaçu vai pleitear recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para implantar um ramal do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) conhecido como metrô de superfície. Em elaboração, o projeto prevê um circuito inicial de 40 quilômetros entre o Parque Nacional do Iguaçu e a futura sede da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), passando pelo Aeroporto Internacional das Cataratas. A viabilidade da proposta depende de verbas do PAC Mobilidade Cidades Médias.
A prefeitura, com apoio da Itaipu Binacional, onde há um setor para o desenvolvimento de projetos voltados à mobilidade, apresentará a proposta ao Ministério das Cidades até 31 de agosto. A ideia inicial do município é ter um VLT com dois vagões e capacidade para 250 passageiros. O custo estimado do projeto é de R$ 200 milhões, com um prazo de seis anos para implantação apenas para se ter uma base de comparação, a construção de 14 quilômetros do metrô curitibano custará R$ 2,3 bilhões e cada carro terá capacidade para transportar 1.450 passageiros
A expectativa do município, que hoje tem cerca de 256 mil habitantes, é ter aumento no fluxo de pessoas nos próximos anos, principalmente na região da Itaipu Binacional, onde ficará a sede da Unila e já funciona a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). A longo prazo, a previsão é de que Unila terá 10 mil alunos.
O metrô de superfície já existe em várias cidades do mundo e circula em municípios do Nordeste brasileiro com diesel e biodiesel. Ainda não há nenhum fabricante nacional com a versão elétrica.
A proposta da prefeitura é aproveitar o know how da Itaipu Binacional para implantar um ramal em Foz. A binacional já desenvolve veículos elétricos e tem projetos em execução na área do transporte individual e de cargas, incluindo o VLT elétrico e um avião de pequeno porte para dois passageiros. Entre os protótipos já desenvolvidos estão o Palio Weekend elétrico, o caminhão elétrico, o ônibus 100% elétrico, o ônibus híbrido a etanol e o novo Marruá elétrico.
O foco, segundo o chefe da Assessoria de Mobilidade Elétrica da Itaipu, Celso Novais, é desenvolver mobilidade sustentável, sem poluir o meio ambiente. Novais explica que o primeiro passo da binacional é oferecer tecnologia para uma empresa brasileira dominar o VLT elétrico. A segunda meta é criar um VLT sem catenária cabo aéreo usado para a alimentação do veículo. O trem seria alimentado por bancos de baterias de sódio.