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mas, não é autóctone

Foz volta a registrar caso de chikungunya após mais de um ano

 | Daniel Castellano/Gazeta do Povo/Arquivo
(Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo/Arquivo)

A Divisão de Epidemiologia de Foz do Iguaçu, Oeste do Paraná. confirmou na segunda-feira (4) um caso de febre chikungunya na cidade. A paciente é uma mulher de 61 anos, que começou a apresentar sintomas da doença em novembro, após retornar de uma viagem ao estado de Alagoas.

A moradora teria contraído a doença em Palmeira dos Índios (AL), município que já registrou vários casos suspeitos e confirmados de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypiti - febre chikungunya, dengue e contaminação do zika vírus. A mãe da paciente estava com a doença.

Entre os sintomas relatados pela paciente após o retorno ao Paraná – no dia 13 de novembro – estiveram a falta de sensibilidade nas mãos e nos pés, dores nas articulações, vômito e sede excessiva. No dia seguinte, ela foi até uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde realizou exames, que deram negativo para dengue e, mais tarde, confirmaram a febre chikungunya.

A paciente segue em tratamento e está sendo acompanhada pela equipe do Programa Saúde da Família. Após a ocorrência, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Foz iniciou um trabalho intensivo na região norte da cidade, onde a vítima mora. Além da aplicação do fumacê, também estão sendo feitas visitas domiciliares para identificar possíveis criadouros do mosquito.

Nessa quarta-feira (6), os agentes iniciaram o Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes Aegypti (LIRAa). Em outubro do ano passado, o Índice de Infestação Predial (IIP) era de 3 a 4 larvas do mosquito a cada 100 locais vistoriados. De acordo com informações da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), este e outros dois casos da febre na cidade estão sendo investigados e que o resultado dos exames deve ser divulgado em 15 dias.

O último caso confirmado de chikungunya em Foz foi registrado em dezembro de 2014. Na ocasião, o paciente era um representante comercial residente no Rio Grande do Sul, que apresentou sintomas da doença após uma viagem pela Venezuela. Recentemente, em dezembro do ano passado, foi registrado em Mandaguari, a 39 quilômetros de Maringá, o primeiro caso autóctone (quando a doença é contraída no próprio local) da doença no estado. O paciente (um garoto de 13 anos) esteve internado em hospitais de Mandaguari, Maringá e Curitiba, e recebeu alta depois de um mês de tratamento.

De acordo com um boletim da Sesa, divulgado nesta terça-feira (5), entre agosto de 2015 e janeiro de 2016, 105 notificações de febre chikungunya foram realizadas no estado, sendo quatro delas confirmadas, em Telêmaco Borba, Jacarezinho, Mandaguari e União da Vitória.

O balanço ainda revelou que no mesmo período, foram registrados 1.726 casos de dengue no Paraná, 290 deles em Foz do Iguaçu. O dado coloca o município entre as seis cidades paranaenses em estado de alerta de epidemia. Entre as cidades com o maior número de infectados ainda estão Paranaguá (491) e Londrina (280).

Um estudo da Universidade Federal do Paraná (UFPR) inclui Foz entre as áreas com condições climáticas favoráveis para o desenvolvimento do mosquito Aedes aegypti. O período de verão, as chuvas e a localização geográfica são fatores que aumentam as possibilidades de proliferação do inseto.

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