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Sistema viário

França financiará 2.ª etapa da Linha Verde

Trecho da BR-476 entre o Atuba e o Jardim das Américas: dinheiro do empréstimo será usada na implantação da canaleta de ônibus e construção de quatro trincheiras | Antonio Costa/Gazeta do Povo
Trecho da BR-476 entre o Atuba e o Jardim das Américas: dinheiro do empréstimo será usada na implantação da canaleta de ônibus e construção de quatro trincheiras (Foto: Antonio Costa/Gazeta do Povo)

O dinheiro para o início da segunda etapa da Linha Verde, entre o Jardim das Américas (zona leste) e o Atuba (zona norte), deve vir da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD). A prefeitura de Curitiba negociava o recurso com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), mas as possibilidades de assinar o contrato esse ano foram descartadas, depois que o BID atingiu o teto de empréstimos disponíveis para o Brasil em 2009, jogando a negociação para o próximo ano. Como o processo com a AFD estava mais adiantado, a saída foi tentar uma mudança de escopo neste empréstimo.

O empréstimo que vem sendo negociado pela prefeitura com a AFD, desde 2007, prevê investimentos de 72,3 milhões de euros, o equivalente a R$ 213,2 milhões, dos quais a metade se refere à contrapartida do município. Pelo projeto inicial, o dinheiro seria investido em habitação (reassentamento e regularização fundiária na Bacia do Barigui), meio ambiente (intervenções na Bacia do Barigui) e transporte (revitalização do Eixo Norte-Sul). Decidiu-se manter os investimentos em meio ambiente e habitação, mas mudar o objeto de investimento na área de transporte. Assim, 37 milhões de euros (cerca de R$ 107,8 milhões) que seriam investidos na revitalização do eixo norte-sul serão aplicados na segunda etapa da Linha Verde. "Não é que as outras obras não sejam importantes, mas a prioridade é a conclusão da Linha Verde", diz o presidente do Ippuc, Cléver Teixeira de Almeida.

Mesmo com a mudança, porém, o empréstimo da AFD, previsto para ser assinado até o fim do ano, não será suficiente para concluir a segunda etapa da Linha Verde. Pelos cálculos do Ippuc, seriam necessários cerca de R$ 160 milhões para isso. Assim, os recursos do empréstimo da agência francesa serão suficientes para implantação da canaleta de ônibus, das vias laterais e locais do segundo trecho, além das estações de ônibus, adequação dos dois viadutos (Afonso Camargo e Vítor Ferreira do Amaral) e a construção de quatro das seis trincheiras previstas no projeto (uma das trincheiras, a da Gustavo Rattmann, será feita dentro de outro empréstimo já em andamento).

Para conseguir dinheiro para concluir todos os binários que vão cortar o trecho (importantes para a travessia da avenida) e para a construção da trincheira Rio Juruá, no bairro do Atuba, a ideia é continuar a negociação com o BID. "Já tínhamos apresentado uma carta consulta que tinha recebido uma primeira aprovação. Talvez, lá na frente, não tenhamos descontinuidade para fazer as complementações", explica Cléver. Segundo ele, não foi definido ainda se outras obras serão incluídas no pacote que está sendo negociado com o BID, no lugar da segunda etapa da Linha Verde.

Em marcha lenta

A conclusão das obras da primeira etapa da Linha Verde, entre o Pinheirinho e o Jardim das Américas, é adiada mais uma vez. Pelo novo cronograma, a previsão é que as obras terminem até o fim de julho. A linha de ônibus ligeirão, entre o Pinheirinho e o Centro, passa a funcionar até o fim deste semestre.

De acordo com a prefeitura faltam, ainda, conclusão: das pontes sobre o Rio Belém, construção de uma passarela próxima ao Medianeira e a finalização do binário PUC. As obras da primeira etapa da Linha Verde, ao custo de R$ 121,14 milhões, foram iniciadas em janeiro de 2007 e deveriam ficar prontas no prazo de 15 meses. No momento, as obras se concentram em uma das pontes sobre o Rio Belém, que recebe nesta semana capa asfáltica.

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