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A polícia de São Paulo prendeu nesta quinta-feira (30) cinco suspeitos de fraudar licitações de produtos hospitalares. Além das fraudes, o grupo é acusado de sonegação fiscal, lavagem de capitais e corrupção ativa e passiva. As investigações da chamada Operação Parasita mostraram que mais de R$ 100 milhões foram desviados dos cofres públicos. O dinheiro deveria ser usado para comprar medicamentos. Segundo o delegado Luiz Storni, funcionários públicos participavam do golpe.

Às 6h, homens do Grupo de Operações Especiais (GOE), da Polícia Civil, cercaram um prédio de luxo no Morumbi, na Zona Sul de São Paulo, onde mora o contador do grupo suspeito de fraudar licitações. Depois de duas horas, o contador foi levado para a delegacia. Todos os veículos em nome dele foram apreendidos.

Na Zona Norte, vários carros de luxo também foram levados pelos policiais. É lá que mora um outro empresário que teve a prisão decretada. Ele é sócio de uma empresa em Guarulhos, na Grande São Paulo, que vende produtos para hospitais. O local foi cercado pela polícia na manhã desta quinta-feira. Outros três empresários suspeitos de participar do esquema de fraude também foram presos.

Para chegar até os criminosos, foram 11 meses de investigação. Segundo o Departamento de Inteligência da Polícia Civil, os empresários, com ajuda do contador, participavam de licitações em hospitais públicos como se fossem concorrentes. Na verdade, eles combinavam antes qual empresa fecharia o contrato com o hospital.

O Ministério Público calcula que o valor da fraude passe dos R$ 100 milhões. Até agora, segundo a polícia, 21 hospitais públicos do estado teriam fechado contratos com esses empresários. Em alguns casos, os produtos foram superfaturados em mais de 400%.

O juiz, além de decretar o seqüestro de todos os bens, ordenou também o bloqueio das contas bancárias de mais de dez empresas que participavam da fraude.

O delegado Luiz Storni disse que a polícia tenta agora identificar os funcionários públicos envolvidos no golpe. Os bens apreendidos, segundo ele, valem mais de R$ 6 milhões.

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