O pior já passou e não há previsão de novos temporais no Paraná. Quem assegura é o Simepar. A frente fria que se deslocou muito rápido, de Oeste para Leste, cruzando todo o estado em menos de seis horas na madrugada desta quinta-feira (27). O fenômeno meteorológico agora se deslocou para São Paulo, causando problemas também por lá, nas regiões de Presidente Prudente e Santos.
Veja fotos dos estragos causados pela chuva em Curitiba
Confira,no mapa,como foi o deslocamento da frente fria pelo estado
Temporal causa estragos em municípios do Paraná
Ventania teve pico perto das 4 da manhã e causou destelhamentos, quedas de árvore e falta de energia elétrica
Leia a matéria completaO meteorologista Samuel Braun conta que o temporal foi causado por uma frente fria organizada, assim chamada principalmente porque cria linhas de instabilidade. Os últimos sistemas que atingiram o Paraná causaram chuvas isoladas – não foi o caso do fenômeno registrado na madrugada, que atingiu quase uniformemente todo o estado.
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O Simepar publicou um alerta de tempestade por volta de 22 horas de quarta-feira (26), avisando sobre o deslocamento da frente fria. Apesar da força dos ventos, Braun avalia que “não foi nada de anormal”. Houve registro de chuva em praticamente todas as cidades. Contudo, a quantidade de precipitação não foi alta. Em Curitiba, foram 14 milímetros. O maior volume foi em Guarapuava, com 30 mm.
A chuva veio acompanhada de ventos velozes, responsáveis pela maior parte dos estragos. Foram registrados ventos de 107,3 km/h na Lapa, 95 km/h em Fazenda Rio Grande, 92,2 km/h em Ponta Grossa e 91,8 km/h em Guarapuava, de acordo com o Simepar. A velocidade foi mais alta na parte sul do Paraná e também da Região Metropolitana de Curitiba (RMC). A estação que fica no Centro Politécnico da UFPR, por exemplo, registrou 60 km/h. A estimativa, contudo, é de que em alguns pontos da capital a velocidade do vento tenha superado os 70 km/h.
Samuel Braun explica que ventos acima de 55 km/h já são considerados fortes. Na Escala de Beauford, acima de 90 km/h são capazes de arrancar árvores e causar danos em construções. Vale lembrar que neste ano o Paraná já teve registro de pelo menos dois tornados, caracterizados por ventos de mais de 200 km/h, em julho, na região Sudoeste.
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