Uma frente fria que se desloca lentamente pelo Paraná provocou temporais e ventos fortes em três cidades do estado, na tarde desta quinta-feira (19). De acordo com a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Paraná, as cidades de Irati (Centro-Sul), Ponta Grossa e Telêmaco Borba (Campos Gerais) tiveram casas destelhadas e quedas de árvores.
Em Telêmaco Borba houve queda de granizo, por volta das 15 horas. A chuva foi de curta duração, mas causou estragos. A Defesa Civil registrou 12 quedas de árvores, 12 destelhamentos parciais de residências e 2 pontos de alagamentos. Na cidade de Irati, 10 casas ficaram parcialmente destelhadas e houve quedas de árvores.
Chuva e ventos isolados também arrancaram telhas de dez residências no Jardim Paraíso, periferia de Ponta Grossa. Na mesma região, no bairro de Uvaranas, uma árvore caiu sobre o muro de uma casa e outra caiu sobre a Avenida Carlos Cavalcanti, uma das mais movimentadas da cidade.
A Copel foi acionada para retirar os galhos, que ficaram sobre a rede elétrica. Não houve registros de desabrigados e desalojados nas três cidades.
"Estamos monitorando a situação e emitimos alertas de temporais para as cidades de Cascavel (Oeste), Maringá (Noroeste) e Londrina (Norte)", afirmou o tenente Eduardo Gomes Pinheiro, da Defesa Civil.
Riscos de mais temporais
Segundo o Instituto Tecnológico Simepar, nas próximas 48 horas podem acontecer chuvas e ventos fortes no Paraná. "Desta quinta para sexta-feira (20) o tempo vai ficar instável. A umidade vai aumentar no estado e o tempo abafado continua", explicou o meteorologista Fernando Mendes, do Simepar.
De acordo com a previsão do Simepar, há riscos de ventos fortes em alguns pontos do estado, como nas regiões dos Campos Gerais, Oeste, Noroeste e Norte. "Na noite desta quinta já vai favorecer a condição de chuvas", disse. No Rio Grande do Sul, temporais causaram a morte de quatro pessoas e foram registrados ventos de mais de 130 km/h, nesta quinta.
"No Rio Grande do Sul houve condições mais favoráveis a temporais mais localizados. Havia mais umidade na atmosfera e a situação foi mais crítica", definiu Mendes.